Boeing pretende retomar operação de centro de entregas na China

Unidade em Zhoushan foi inaugurada em 2018 mas logo deixou de funcionar após o aterramento do 737 MAX por problemas de segurança. Mercado de aviação comercial chinês ainda é o maior da Boeing fora dos EUA
A Boeing usou sua unidade na China para entregar aviões em 2018 (Boeing)

A Boeing planeja retomar as atividades da sua instalação em Zhoushan, na província chinesa de Zheijang, afirmou a empresa ao South China Morning Post.

O local é usado para conclusão e entrega seus jatos comerciais na China e região e foi inaugurado em 2018. No entanto, o espaço foi fechado após os acidentes que motivaram o aterramento do 737 MAX meses depois.

“Estaremos prontos para entregar aos nossos clientes quando chegar a hora”, disse a Boeing ao site.

A fabricente dos EUA não recebe encomendas de novos jatos na China continental desde quando a guerra comercial entre os dois países teve início há cinco anos. Apenas um pedido recente, da Greater Bay Airlines, de Hong Kong, foi fechado em março.

Instalação foi criada em parceria com a COMAC (Boeing)

Apesar disso, a Boeing tem ainda 118 jatos 737 MAX pendentes de entrega para clientes chineses, segundo relatório atualizado até setembro.

A China permanece comoo  maior mercado da Boeing fora dos EUA, o que explica os planos de voltar a se aproximar dos clientes do país.

Jatos chineses ainda com baixa produção

O governo chinês tem investido pesado na produção de aeronaves comerciais próprias, com dois modelos em atividade, o jato regional ARJ21 e o C919, um equivalente ao Boeing 737 e o Airbus A320.

Ambos foram desenvolvidos e são produzidos pela COMAC, gigante estatal sediada perto de Xangai. A fabricante também está levando à frente o projeto do C929, um widebody com porte semelhante a um 787.

Rival do 737, o C919 ainda está longe de atingir um ritmo elevado de produção (CEA)

No entanto, tanto o C919 quanto o C929 ainda levarão anos para atingir uma cadência de produção suficiente para atender a demanda das companhias aéreas chinesas.

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Por essa razão, a melhora nas relações bilaterais entre os EUA e a China nos últimos meses pode abrir espaço para que a Boeing volte a vender aeronaves no país.

A instalação de Zhoushan tem um papel fundamental nesses planos, sem falar que se trata de uma joint venture com ninguém menos que a própria COMAC.

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