A Boeing admitiu um novo atraso no cronograma de certificação das versões 737 MAX 7 e 737 MAX 10 nesta quarta-feira, 2. Durante conferência com investidores nos EUA, a fabricante afirmou que os dois jatos devem entrar em serviço em 2023 e 2024.
“No MAX [7], continuamos a trabalhar em sua certificação. Prevemos que será concluída no final deste ano ou início de 2023. No MAX 10, continuamos a trabalhar com a FAA e prevemos obter a certificação no final de 2023 ou início de 2024 ” , disse Stanley Deal, CEO da Boeing Commercial Airplanes.
Até então, a Boeing estipulava como prazo para ambos os jatos o final de 2022, mas a própria FAA (agência de aviação civil dos EUA) já havia manifestado descrença que essa meta seria atingida.
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Os novos prazos colocam o programa em risco caso a fabricante não consiga convencer o Congresso dos EUA a abrir uma exceção para o 737 MAX 7 e MAX 10 não atenderem a nova legislação de segurança que entrará em vigor a partir de 2023.
Essa lei exige um novo sistema de aviso aos tripulantes em caso de problemas como o que levou aos acidentes com dois 737 MAX 8. A Boeing já argumentou que se for necessário alterar o projeto das novas versões, talvez até cancele o 737 MAX 10, por conta dos custos e do tempo extra de desenvolvimento que seriam adicionados ao cronograma.
800 aeronaves entregues até 2025
Apesar do atraso, a Boeing se mostrou otimista em elevar seu ritmo de produção e entrega de aeronaves comerciais.
Segundo Deal, a partir de 2025 a empresa deverá eliminar o intervalo entre produção e estoque de aeronaves, que hoje permanece elevado. Nessa época, a meta é ter entregue ao menos 800 jatos comerciais
Para isso, a Boeing esperar atingir uma razão de produção de 50 737 e 10 787 por mês. Atualmente, são concluídos 31 aeronaves 737 e cinco 787 por mês.
A certificação do 737 MAX 10 interessa à Gol Linhas Aéreas, que pretende contar com a aeronave a partir de 2025. Recentemente, a empresa aérea ampliou seu pedido do modelo, que será configurado com 216 assentos.