Boeing e Airbus divulgaram os números do segundo trimestre nesta quarta-feira, 27, com previsões otimistas, a despeito dos problemas na cadeia de produção.
A fabricante dos EUA, que ainda sofre com os efeitos de erros de gestão do passado, apresentou uma receita bruta de US$ 16,7 bilhões, ligeiramente inferior ao mesmo período do ano passado.
O 737 MAX puxou a recuperação da empresa com 103 entregas no trimestre anterior. A Boeing também afirmou ter atingido uma produção mensal de 31 aeronaves do modelo, como previsto.
A situação só não foi melhor porque o widebody 787 Dreamliner permaneceu sem entregas por conta de pendências junto à FAA. Mas o CEO da Boeing, Dave Calhoun, afirmou aos funcionários da empresa que “Nossa equipe do 787 está nos estágios finais de preparação para reiniciar as entregas e continua trabalhando por meio de um processo abrangente e transparente com nosso regulador”.
A retomada das entregas e o reinício de produção são esperados para as próximas semanas.
Produção em ritmo de crescimento mais lento
Já a Airbus afirmou ter obtido uma receita de 24,8 bilhões de euros no primeiro semestre, com a entrega de aeronaves comerciais.
A meta de atingir uma cadência de produção mensal de 75 aeronaves da família A320neo foi mantida para 2025, porém, a empresa europeia reviu a trajetória de crescimento, que antes previa 65 jatos por mês no segundo semestre de 2023. Esse patamar será atingido apenas no início de 2024, segundo Guilhaume Faury, CEO da Airbus.
“Os desafios da cadeia de suprimentos estão nos levando a ajustar as etapas de crescimento da Família A320 em 2022 e 2023, e agora temos como meta uma taxa mensal de 65 no início de 2024. Nossa meta de entrega de aeronaves para 2022 foi atualizada também”n afirmou o executivo.
Segundo a Airbus, a meta de entregas foi revista de 720 para 700 aviões por conta das dificuldades com fornecedores.