Na mesma semana em que celebrou seu aniversário de 100 anos, a Boeing também teve mais outras centenas de motivos para comemorar. A fabricante norte-americana, presente no Salão Aeronáutico de Farnborough, na Inglaterra, somou encomendas e compromissos por mais de 200 aeronaves, comerciais e militares, avaliadas em dezenas de bilhões de dólares.
Na parte de aviões comerciais, a Boeing fechou um total de 182 encomendas e compromissos com companhias aéreas e empresas de leasing, avaliados em US$ 26,8 bilhões. “Em negócios na área comercial, ficamos satisfeitos com a confiança que nossos clientes demonstraram em nosso portfólio de aviões e serviços, com encomendas significativas e outros anúncios”, disse Dennis Muilenburg, presidente da Boeing.
O maior pedido, ainda um “compromisso”, veio da companhia cargueira Volga-Dnepr Group, da Rússia, que planeja adquirir 20 aeronaves Boeing 747, avaliadas em US$ 7,8 bilhões. Se concretizada, essa encomenda pode dar sobrevida a produção do Jumbo, que anda em baixa.
Em segundo vem a empresa chinesa Donghai Airlines, com um compromisso avaliado em US$ 4,1 bilhões para 25 jatos 737 MAX de nova geração e mais cinco modelos 787-9 Dreamliner.
Aeronaves militares
O Ministério da Defesa do Reino Unido anunciou um acordo de US$ 2,3 bilhões para garantir a aquisição de 50 helicópteros de ataque AH-64E Apache e confirmou a compra de nove aeronaves de patrulha marítima P-8A Poseidon para Royal Air Force (RAF – Força Aérea Real) – modelo militar baseado no 737.
Boeing e Embraer
Também em Farnborough, Embraer e Boeing anunciaram o acordo de parceria para venda e suporte do cargueiro militar KC-390. A nova aeronave desenvolvida no Brasil está na fase final de testes e certificação, com previsão de estreia para meados de 2018 – o primeiro operador da aeronave será a Força Aérea Brasileira (FAB), até o momento o único cliente confirmado.
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