No dia 6 de outubro, o Boeing 777-9 de matrícula N779XW realizava diversos voos de teste entre Seattle e Moses Lake, nos EUA, quando um dos motores GE9X apresentou uma falha.
O imenso avião de passageiros então seguiu para Seattle e desde então nenhum dos quatro protótipos voltou a voar. Apesar de o episódio ter ocorrido há quase dois meses, apenas nesta quarta-feira a Boeing reconheceu o problema após o assunto ser divulgado pela Aviation Week e pelo Aerotime.
“Estamos apoiando a GE Aerospace enquanto eles avaliam um problema recente do motor GE9X e retomaremos os testes com o avião assim que o processo for completo e as ações apropriadas forem concluídas. A segurança é nossa principal prioridade, e nossos fornecedores e equipes técnicas dedicarão o tempo necessário para apoiar a revisão, pois trabalhamos de forma transparente com nossos clientes e reguladores”, disse a fabricante de aviões dos EUA.
Já a General Electric, fabricante do maior turbofan comercial do mundo, disse que está “revisando um problema técnico que ocorreu durante os testes de engenharia pós-certificação do GE9X, e estamos coordenando de perto com a Boeing nossas descobertas para apoiar seu retorno aos testes de voo”.
Em entrevista ao Aerotime, o presidente da Emirates Airline, Sir Tim Clark, revelou que a Boeing havia decidido suspender os testes com o maior bimotor de passageiros da história até que o problema fosse identificado e corrigido.
“Sabemos que houve uma falha no motor em outubro. Eles interromperam o programa de teste – não que houvesse muita coisa acontecendo de qualquer maneira. Eles retiraram o motor, levaram-no para a General Electric em Cincinnati e, em 6 de dezembro de 2022, teremos uma resposta para saber qual é o problema”, explicou Clark.
Quatro aviões de teste, um voando
No final de abril, a Boeing confirmou que a entrada em serviço do 777-9, a variante de maior capacidade do 777X, só ocorrerá em 2025, e que a produção em Everett seria pausada até 2023.
A fabricante possui quatro aeronaves de testes, mas desde agosto apenas o 777-9 de registro N779XW permanecia em voo. Em novembro do ano passado, o protótipo N779XZ decolou pela última vez, em voo entre Seattle e Everett. Em julho foi a vez da aeronave N779XY ser recolhida e no mês seguinte o N779XX pousou em Seattle e não voltou mais a voar.
O novo imprevisto no programa se soma a tantos outros problemas enfrentados até aqui e voltam a colocar a credibilidade da Boeing em dúvida.
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O 777X é atualmente o maior jato comercial em desenvolvimento no mundo, com capacidade para levar 426 passageiros em classe mista na versão 777-9. Há também o 777-8, menor, mas com maior autonomia, e o 777-8F, variante cargueira que tem conquistado bons contratos desde o começo do ano.
A Boeing criou o 777X ao aproveitar as dimensões avantajadas do 777 com as tecnologias desenvolvidas com o 787 para dar origem a um widebody avançado, econômico e com capacidade sem igual, mas resta saber se o mercado vai tolerar mais atrasos em um projeto que tem atraído poucos interessados pelas versões para passageiros.
Um problema de motor é de responsabilidade da Boeing? Por acaso, ela é a fabricante do motor ou é a GE? Quanto aos problemas que surgiram, certamente, a fabricante de Seattle já os resolveu ou está bem próximo de eliminá-los. Parece que certos jornalistas torcem contra a Boeing por causa do que aconteceu no caso com a Embraer. Isso não é atitude de um jornalista que tem que se mostrar isento em suas reportagens.
Caro Dario, o programa 777X é da Boeing ou da GE? A Emirates, a Lufthansa compram aviões de quem? Da GE? Claro que não. Quem manda no projeto é a Boeing e se uma fornecedora sua tem um problema ela vai cobrar dessa empresa, mas quem é responsável por comunicar o que está ocorrendo é a fabricante do avião, seja para seus clientes ou a imprensa. Só que a Boeing ficou calada por quase dois meses até que a A&W e o presidente da Emirates revelaram que o programa de voos parou. Cadê a transparência tão prometida após os acidentes do 737 MAX? Abração!
Isso mesmo Ricardo! Nenhuma empresa atribui a um fornecdor o atraso em seu programa, mesmo que o problema seja em um compenente.. é sempre a fabricante… É praxe e usual!! Usar esse argumento do Dario que o problema é da GE é querer “passar a mão na cabeça da Boeing” e nem mesmo a Boeing está fazendo isso!! Não há falta de isenção do jornalista nesta matéria!!
Se vc compra um produto que utiliza componentes de fornecedores e esse equipamento venha a ter um problema técnico, a responsabilidade é do construtor, ou seja, todas as tratativas serão direcionadas a quem concluiu o equipamento maior. Mas juridicamente, em caso de um acidente com vítimas fatais, a fornecedora também responde pelo erro do projeto. Tenhamos como exemplo acidentes que ocorreram por falhas de projeto de peças que equipavam algumas máquinas e que foram responsáveis por perdas de vidas.
A coisa mais difícil que o Ricardo faz aqui não é abastecer um site com informação atualizada, precisa e isenta de forma GRATUITA, e sim o trabalho de ter que responder esse tipo de comentário e insinuação maldosa de quem não tem o que fazer e disfarça sua ignorância com deboche.