Boeing registra recorde, mas não alcança Airbus

Fabricante europeia recebeu 1.036 pedidos em 2015, contra 762 da Boeing; empresa norte-americana, porém, entregou mais aeronaves que o ríval
Frota de aviões comerciais deve triplicar em 20 anos na América Latina (Divulgação)
Frota de aviões comerciais deve triplicar em 20 anos na América Latina (Divulgação)
A Boeing entregou mais aeronaves, mas a Airbus recebeu mais pedidos (divulgação)
A Boeing entregou mais aeronaves, mas a Airbus recebeu mais pedidos (Divulgação)

As maiores fabricantes de avião do mundo estão travando uma verdadeira “briga de foice” no mercado. Em comunicado oficial, a Boeing comemorou um novo recorde de entrega no ano passado, com um total de 762 aeronaves entregues. Nesse mesmo período, a Airbus entregou 635 aeronaves, um número também inédito. Então a Boeing está ganhando? Não necessariamente.

Em 2015, a Airbus recebeu 1.036 “encomendas líquidas” (que já foram pagas). Já a Boeing teve 762 pedidos firmes, uma diferença que deve alterar bruscamente o resultado de entregas da fabricante nos próximos anos. Em outras palavras, a Boeing terá menos trabalho e vai faturar menos que a Airbus.

“A equipe da Boeing trabalhou muito para alcançar um forte desempenho”, diz Ray Conner, presidente e CEO da Boeing Aviação Comercial. “Nossa equipe fez um trabalho fantástico para aumentar as taxas de produção e entregar nossos produtos aos clientes o mais rápido e o mais eficientemente possível. Esse continuará sendo nosso foco.”

Em 2015, a Boeing recebeu encomendas líquidas, avaliadas em US$ 112,4 bilhões com base nas tabelas de preços atuais. No encerramento do ano, a Boeing tinha 5.795 aeronaves sob encomenda, vindas de clientes do mundo todo. Já as encomendas da Airbus são avaliadas em US$ 137,1 bilhões e a empresa possui uma carteira atual com 6.787 pedidos.

“Este desempenho comercial e industrial prova que a demanda global por nossas aeronaves permaneceu resiliente”, disse Fabrice Brégier, presidente da unidade de aviões comerciais da Airbus, ao The Wall Street Journal.

Airbus e Boeing estão passando por um momento de crescimento sustentável e o principal objetivo das companhias é substituir jatos antigos por modelos mais eficientes, além de abastecer o mercado asiático, que cresce de forma vertiginosa. Apesar dos bons resultados de entregas e pedidos, as encomendas por aeronaves das duas empresas recuaram no ano passado, algo que não acontecia desde 2009 devido a crise econômica do ano anterior.

Veja mais: 2015 foi o ano mais seguro na história da aviação comercial

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