A Boeing terminou 2021 com 340 jatos comerciais entregues, uma alta de 117% em relação a 2020, quando conseguiu enviar apenas 157 aeronaves a seus clientes.
Sem restrições de voo na maioria dos países, o 737 MAX voltou a ter um volume de entregas significativo, de 245 aeronaves, apenas 11 a menos do que em 2018, sua melhor marca.
Para se ter uma ideia, a soma de 2019 e 2020 teve apenas 84 aviões por conta da proibição de voo em vários meses após dois acidentes fatais.
Os números da Boeing poderiam ser melhores caso a empresa não tivesse outro foco de problemas, o 787 Dreamliner. O widebody era um dos seus aviões mais entregues até 2019 quando problemas de qualidade na linha de montagem fizeram a FAA, agência de aviação civil dos EUA, requerer mudanças que comprometeram sua produção.
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Enquanto há três anos, a fabricante havia entregue nada menos que 158 Dreamliners, no ano passado somente 14 jatos foram enviados aos clientes, um situação que a Boeing espera resolver em 2022 assim que convencer o regulador norte-americano de que a aeronave não tem mais problemas na linha de montagem.
Apesar das dificuldades, a Boeing conseguiu entregar 77 widebodies em 2021, apenas um a menos que a Airbus. No entanto, 41 deles (53%) foram cargueiros, segmento onde a empresa tem uma presença mais tradicioanl que a rival.
A Boeing ainda precisará elevar bastante suas entregas até voltar aos níveis de 2018 e 2017, quando entregou 806 e 763 aeronaves comerciais. De fato, o que não falta é estoque de aeronaves prontas, seja do 737 MAX ou do 787.