A Boeing revelou nesta semana em uma feira de aviação na Austrália sua nova plataforma militar não tripulada batizada de ‘Loyal Wingman‘ (algo como parceiro de voo leal), uma aeronave com configuração de caça e dimensões compactas (11,7 metros de comprimento) e que será oferecido no mercado internacional.
Uma maquete em tamanho real da aeronave foi exposta no evento revelando uma configuração stealth (invisível aos radares) e estabilizadores verticais duplos e inclinados. A Boeing não divulgou detalhes do modelo, mas adiantou que seu alcance será de mais de 3.700 km.
O Loyal Wingman será capaz de voar de forma independente graças a inteligência artificial ou controlado por uma aeronave tripulada. Ele poderá ser utilizado em missões de inteligência, patrulhamento, reconhecimento e guerra eletrônica. As ilustrações da aeronave, no entanto, não revelam se o caça UAV possuirá capacidade de combate.
“Com sua capacidade de reconfigurar rapidamente e executar diferentes tipos de missões em conjunto com outras aeronaves, nossa mais nova adição ao portfólio da Boeing será realmente um multiplicador de forças, pois protege e projeta o poder aéreo”, afirmou Kristin Robertson, vice-presidente e gerente geral da Boeing Autonomous Systems.
A aeronave foi desenvolvida pela empresa Boeing Airpower Teaming System, sediada na Austrália, com ajuda da divisão Phantom Works, especializada em projetos avançados.
O aspecto mais interessante do UAV é o fato de ter sido projetado para ser oferecido para forças aliadas e não para o próprio Estados Unidos e que poderão adaptá-lo localmente para suas necessidades. “Esta aeronave é um esforço histórico para a Boeing. Além de ser desenvolvido fora dos Estados Unidos, ele também é projetado para que nossos clientes globais possam integrar o conteúdo local para atender aos requisitos específicos de cada país” disse Marc Allen, presidente da Boeing International.
A Boeing planeja realizar o primeiro voo do Loyal Wingman em 2020.
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