A Boeing só deverá restabelecer as entregas do 787 Dreamliner a partir do segundo semestre, de acordo com fontes ouvidas pela Reuters. A fabricante dos EUA interrompeu as entregas do widebody desde julho de 2021, por conta de problemas de fabricação apontados pela FAA, a agência de aviação civil do país.
A empresa tem realizado reparos e inspeções na estrutura de materiais compostos de cerca de 100 aeronaves, mas desde fevereiro está proibida pela FAA de autocertificar seus aviões.
Segundo as fontes da agência, a Boeing poderá voltar a realizar entregas do 787 no terceiro trimestre – a empresa deixou de fazer previsões públicas após planejar uma retomada para abril.
A interrupção nas entregas do 787 tem afetado sua situação financeira. Em 2020, a Boeing havia entregue 53 Dreamliners enquanto em 2021 foram apenas 14 aeronaves, todas elas enviadas aos clientes no primeiro semestre.
O modelo 787-10, de maior capacidade, não é entregue desde outubro de 2020 quando a Saudi Arabia e a Etihad Airways receberam uma aeronave cada.
O atraso tem obrigado companhias aéreas como a American Airlines e a United Airlines a suspender rotas de longo alcance por falta de aeronaves. A Boeing possui 481 Dreamliner pendentes de entrega em sua carteira.