A Boeing e a Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos EUA confirmaram na quinta-feira (23) que as entregas do jato 787 Dreamliner foram temporariamente interrompidas. Segundo o fabricante, a suspensão das remessas foi motivada por um problema na fuselagem do avião.
“Ao revisar os registros de certificação, a Boeing descobriu um erro de análise de nosso fornecedor relacionado ao anteparo de pressão frontal do 787. Notificamos a FAA e interrompemos as entregas do 787 enquanto concluímos a análise e a documentação necessárias”, informou Boeing.
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O retorno das entregas só poderá ser efetivado quando a Boeing demonstrar à FAA que o problema foi solucionado. De toda forma, a produção do 787 seguirá normalmente, tanto que a empresa ainda mantém a meta de entregar até 80 unidades do jato neste ano.
“Não há preocupação imediata de segurança de voo para a frota em serviço”, disse a empresa. “Estamos nos comunicando com nossos clientes e continuaremos seguindo o exemplo da FAA. Embora as entregas de curto prazo sejam impactadas, neste momento não prevemos uma mudança em nossa produção e perspectiva de entrega para o ano.”
Jato comercial mais avançado do portfólio da Boeing, o 787 vem passando por momento conturbados nos últimos anos. Está é a terceira vez que as entregas do widebody são interrompidas devido a problemas na qualidade de construção da aeronave. Considerando as duas paradas anteriores, a fabricante passou mais de 22 meses sem entregar o Dreamliner aos clientes.
A última pausa nas entregas do 787 durou 15 meses. As remessas foram retomadas em agosto de 2022, quando a empresa mantinha mais de 100 exemplares da aeronave estocados esperando a liberação da FAA.