Boeing vai expandir fábrica que ficou fora da greve de setembro

Unidade no estado da Carolina do Sul produz com exclusividade o jato 787 Dreamliner. Funcionários da fábrica não são sindicalizados
Boeing 787-10 produzido em North Charleston (Ryan Johnson/CC)
Boeing 787-10 produzido em North Charleston (Ryan Johnson/CC)

A Boeing anunciou um investimento de US$ 1 bilhão (mais de R$ 7 bilhões) para expandir a fábrica de Charleston, na Carolina do Sul, onde hoje são produzidos com exclusividade todas as variantes do 787 Dreamliner.

O plano envolve a contratação de mais 500 pessoas que se juntarão aos 7.800 colaboradores atuais e a expansão de seus duas instalações que darão suporte às metas de produção do widebody a partir de 2027.

Atualmente, a fabricante trabalha com a meta de elevar a taxa de produção para 10 aeronaves por mês até 2026. Havia até novembro 785 pedidos pendentes de entrega do 787.

“Desde a abertura da Boeing South Carolina em 2009, atingimos muitos marcos importantes – incluindo a consolidação da produção do 787 Dreamliner para a Carolina do Sul. Esta decisão reflete o comprometimento da Boeing com a força de trabalho, o programa 787 e a comunidade”, disse o gerente geral do Programa 787, Scott Stocker,

A fábrica de Charleston foi aberta em 2009 e já expandida
A fábrica de Charleston foi aberta em 2009 e já expandida

Funcionários não sindicalizados

O anúncio ocorre pouco mais de um mês após o fim da greve de cerca de 33.000 funcionários nas históricas fábricas de Renton e Everett, no estado de Washington, esta última que também montou o 787 no passado.

As negociações foram duras e resultaram na concessão de um aumento salarial de 38% para os próximos quatro anos. Charleston, por sua vez, seguiu funcionando de forma ininterrupta já que seus funcionários não são sindicalizados.

A gigantesca fábrica da Boeing em Everett
A gigantesca fábrica da Boeing em Everett já produziu um 787 no passado (Maurice King)

A unidade no sul dos EUA oferece vantagens financeiras para a Boeing pelo custo mais baixo da mão de obra, mas persistentes falhas de produção fizeram a linha de montagem ser interrompida várias vezes nos últimos anos.

A família 787 Dreamliner teve 31 aeronaves entregues em 2022, total que subiu para 73 em 2023, mas que voltou a cair neste ano – até novembro foram entregues apenas 42 jatos.

 

 

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