Um imbróglio jurídico complexo foi resolvido pela Boeing de uma forma amigável nesta semana. Dona da start-up Wisk, voltada à Mobilidade Aérea Urbana, a fabricante dos EUA decidiu investir na Archer, concorrente que desenvolve eVTOLs na Califórnia.
Wisk e Archer entraram em atrito em abril de 2021 quando a primeira acusou a segunda de roubo de segredos comerciais e patentes, levadas por ex-funcionários.
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A ação movida pela Wisk teve o suporte da Boeing, o que motivou a Archer a também processar as duas empresas, pedindo US$ 1 bilhão por difamação – segundo a start-up, as declarações públicas provocaram danos de imagem relacionados a financiamentos e parcerias comerciais.
As três empresas, no entanto, chegaram a um acordo amigável que prevê que a Archer usará a tecnologia autônoma desenvolvida pela Wisk em suas futuras aeronaves.
Como compensação, a Boeing passou a ser investidora na Archer. De fato, a empresa californiana anunciou na quinta-feira (10) ter recebido uma injeção de capital de US$ 215 milhões que inclui a Boeing, United Airlines e a Stellantis, gigante do setor automotivo que é proprietária de marcas como Jeep, Fiat, Peugeot e Citroën e deve montar as aeronaves.
A Archer é uma das fabricantes de eVTOL com o cronograma mais adiantado do mercado. A empresa espera iniciar a produção de suas aeronaves elétricas já em 2024 com vistas a colocá-las em serviço em 2025.
Em julho, a empresa recebeu o apoio da Força Aérea dos EUA (USAF) para desenvolver um eVTOL de aplicação militar.
Você tem certeza que o aporte foi de 215 bilhões de dólares? Parece ser dinheiro demais.
Tem razão, Fábio, são 215 milhões de dólares. Obrigado pelo alerta, abraços.