Os 76 bombardeiros estratégicos Boeing B-52H da Força Aérea dos EUA (USAF) que serão atualizados sofreram um atraso significativo no programa.
Segundo um documento do governo, o programa CERP (Programa de Substituição por um Motor Comercial), que irá substituir os atuais motores TF-33 pelo turbofan F130, da Rolls-Royce, só deverá atingir a fase inicial de operação em 2033.
Até então, a Força Aérea planejava contar com os primeiros B-52J, como serão designados, em 2030. O motivo do atraso é a falta de financiamento para concluir o projeto.
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A Boeing e a Rolls-Royce estão desenvolvendo protótipos virtuais da aeronave, que receberá novos suportes para os motores derivados do modelo civil BR725, unidade de geração de energia elétrica e displays de cabine.
O novo cronograma prevê a revisão crítica do projeto em agosto de 2025 e a contratação três meses depois. Em novembro de 2028 é esperada uma decisão de produção em baixa razão e os testes operacionais ocorrendo apenas em abril de 2032.
Radar AESA em 2027
Outro programa de modernização do velho bombardeiro, o RMP (Radar Modernization Program), passa por custos crescentes. O plano é substituir os ineficientes e antiquados radares APQ-166 pelo APG-79 usado no caça F/A-18E/F e adaptados pela Raytheon.
Por ser um projeto maduro, o APG-79 parecia ser um processo mais simples mas na prática o radar AESA (Active Electronically Scanned Array) só deverá começar os testes operacionais no fim de 2026, com a capacidade inicial ocorrendo em julho de 2027.
Em serviço até 2050
A Força Aérea dos EUA decidiu aposentar os mais novos bombardeiros B-1B e B-2A enquanto preserva uma grande frota do B-52 em serviço.
Versátil e confiável, o B-52 também é capaz de executar missões convencionais e nucleares e deverá ficar em serviço até 2050 após as atualizações.
Ele operará ao lado do novo B-21 Raider, bombardeiro furtivo de 6ª geração em desenvolvimento pela Northrop Grumman.