O bombardeiro furtivo (invisível aos radares) B-21 Raider, aeronave militar mais avançada conhecida, causou um prejuízo de US$ 1,56 bilhão (cerca de R$ 7,7 bilhões) para a Northrop Grumman, sua fabricante – as informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 25.
A aeronave de 6ª geração da Força Aérea dos EUA (USAF) iniciou os voos de testes há poucas semanas e teve o primeiro contrato de produção de baixa escala aprovado pelo Pentágono recentemente.
Substituto do B-1B Lancer e do B-2 Spirit, o Raider tem com uma de suas premissas ser um bombardeiro mais acessível, mas o início do programa surpreendeu a Northrop Grumman em virtude de custos não previstos, inflação e problemas na cadeia de suprimentos.
A empresa assinou um contrato de engenharia, fabricação e design (EMD) do B-21 em 2015, além de cinco opções de produção inicial de baixa taxa (LRIP em inglês), cuja quantidade de aviões não é divulgada.
Na época o custo de cada bombardeiro era estimado em US$ 550 milhões (R$ 2,7 bilhões), valor que corrigido pela inflação chegaria a US$ 778 milhões (R$ 3,8 bilhões).
O problema é que o LRIP é baseado em custos fixos e os dificuldades na cadeia de produção podem ter tornado o projeto deficitário ao longo dos anos.
Como já havia afirmado o Departamento de Defesa dos EUA, a Northrop Grumman foi agraciada com o contrato para o primeiro lote de B-21, que deve incluir de quatro a cinco aeronaves.
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“Durante o quarto trimestre de 2023, revisamos novamente nossa rentabilidade estimada na fase LRIP do programa, e agora acreditamos que é provável que cada um dos primeiros cinco lotes LRIP seja realizado com prejuízo”, explicou a companhia em seu comunicado de resultados.
A despeito disso, a CEO da empresa, Kathy Warden, afirmou que o B-21 deverá se tornar lucrativo a longo prazo.