Bombardeiro nuclear russo Tu-160 pode fazer rara visita à África do Sul

Jato da Tupolev é cotado para participar do show aéreo Africa Aerospace and Defense, na Air Force Base Waterkloof
O Tu-160 Russo sendo escoltado pelao BAe Hawk da Força Aérea Sul Africana em 2019
O Tu-160 Russo sendo escoltado pelao BAe Hawk da Força Aérea Sul Africana em 2019

A Rússia planeja enviar um bombardeiro nuclear Tupolev Tu-160 para a Africa Aerospace and Defense 2024, que ocorrerá na Base da Força Aérea de Waterkloof, na África do Sul, entre 18 e 22 de setembro.

A informação foi divulgada por sites sul-africanos de defesa mas não confirmada ainda pelo governo russo.

Segundo a Força Aérea da África do Sul, militares russos estiveram em um campo de aviação próximo à Pretória em agosto avaliando o local para receber o Tu-160.

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Ao Military Africa, a porta-voz da Força Aérea da África do Sul (SAAF) afirmou que “Rússia e África do Sul têm tido relações diplomáticas desde tempos imemoriais. Como membros do BRICS, juntamente com China, Índia e Brasil, todos eles possuem laços econômicos, relações políticas e acordos de cooperação militar.”

O Tupolev Tu-160 é operado por 4 tripulantes (Divulgação)
O Tupolev Tu-160 é operado por 4 tripulantes (Divulgação)

Segunda visita à África do Sul

Caso seja confirmada, a visita do bombardeiro nuclear à África do Sul será a segunda participação da aeronave no show aéreo.

Em outubro de 2019, dois bombardeiros da Força Aérea da Rússia estiveram no país, na primeira vez que esse tipo de aeronave pousou no continente.

A aparição ocorreu no mesmo dia em que o presidente Vladimir Putin abria a Cúpula Rússia-África do Sul em Sochi, quando o país buscava ampliar sua influência na região.

Tupolev Tu-160M2
Tupolev Tu-160M2 (UAC)

Na época, a Rússia estava a pouco mais de um ano de realizar a invasão militar à Ucrânia e ainda mantinha laços econômicos com países ocidentais, embora sofresse algumas sanções em virtude da anexação da Criméia.

O Tu-160 “Cisne Branco” é o maior bombardeiro já construído na Rússia, com peso máximo de decolagem de mais de 600.000 libras e capaz de voar a Mach 2,05.

A aeronave utiliza asas de enflechamento variável e quatro turbofans com pós-combustor e segue uma configuração idêntica ao B-1B Lancer, da Força Aérea dos EUA (USAF), embora seja maior.

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