Um bombardeiro Tupolev Tu-22M3, um dos mais poderosos aviões militares russos, foi destruído em um ataque de drones atribuído à Ucrânia no sábado (19). A informação já circulava desde então, mas sem confirmação oficial.
Imagens de um Tu-22M3 envolto em uma nuvem de fumaça e fogo circulam nas redes sociais, mas a autenticidade do ataque só foi reconhecida nesta terça-feira (22) quando o Ministério da Defesa do Reino Unido emitiu um comunicado a respeito.
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A Rússia afirmou que o ataque foi feito por um Veículo Aéreo Não Tripulado de asas rotativas, mas o Reino Unido comentou que se isso for verdade a aeronave teria partido de dentro do território russo já que esse tipo de equipamento não teria autonomia para voar desde a Ucrânia.
Os Tu-22M3 “Backfire” são bombardeiros supersônicos desenvolvidos na Guerra Fria e que estão sendo usados pela Rússia para realizar ataques à instalações ucranianas com mísseis anti-navio AS-4 Kitchen, “notoriamente imprecisos”, segundo a Inteligência britânica.
Bombardeiros transferidos para longe da Ucrânia
Este foi o terceiro ataque bem sucedido à Aviação de Longa Distância (LRA na sigla em inglês) da Rússia, divisão da força aérea do país responsável por ataques nucleares e operações com bombardeiros pesados.
Em dezembro, um drone atingiu outro Tu-22 na base aérea de Engels, mas sem provocar grandes danos.
Após o ataque, a Força Aérea da Rússia deslocou vários bombardeiros Tu-95MS e Tu-22M3 para o extremo leste do país no início do ano.
Segundo relatos, o governo Putin teria decidido fazer o mesmo com as aeronaves baseadas em Soltsy-2, as transferindo para Base Aérea de Olenya, em Murmansk, região da costa do Mar de Barents, no norte do país.
O governo ucraniano não se pronunciou sobre o ataque de 19 de agosto.