Bombardier apresenta o jato executivo Challenger 3500

Aeronave da categoria super mid-size é uma reformulação do Challenger 350, com maior autonomia, novos recursos e altitude de cabine reduzida
Challenger 3500 (Bombardier)

A Bombardier anunciou nesta terça-feira (14) seu novo jato executivo “super médio”, o Challenger 3500. Trata-se na verdade de uma reformulação do Challenger 350, lançado em 2014, e que agora inclui alguns recursos vistos em seus concorrentes como o auto-throttle.

Previsto para entrar em serviço no segundo semestre de 2022, o Challenger 3500 possui as mesmas dimensões e características do antecessor, mas oferece uma autonomia maior, de 3.400 milhas náuticas, 200 a mais do que antes.

Em vez de focar no desempenho em si, a fabricante canadense preferiu equipar o novo jato executivo com uma cabine de passageiros mais confortável e moderna além de aprimorar o sistema de pressurização para reduzir a altitude de cabine.

Segundo a Bombardier, ela é de 4.850 pés a uma altitude real de 41.000 pés, o que representa uma melhora de 31% em relação ao seu predecessor.

O Challenger 3500 também oferecerá diferenciais como acionamento de luzes, temperatura e sistema de entretenimento por voz, carregadores wireless e monitores de 24 polegadas com resolução 4K.

“Estamos entusiasmados em lançar um jato executivo que apresenta todos os elementos mais vendidos da plataforma Challenger – desempenho impressionante, confiabilidade consistente, condução excepcionalmente suave – enquanto eleva a experiência de cabine para nossos clientes”, disse Éric Martel, presidente e executivo-chefe Oficial, Bombardier.

A empresa ressaltou ainda o caráter sustentável da aeronave, que será a segunda a obter um certificado EPD (Environmental Product Declaration), que garante transparência nas metas de redução de emissão de poluentes – o primeiro jato foi o Global 7500 em 2020.

Divisão que restou

Com a substituição do Challenger 350 e o fim da produção do Learjet, o Challenger 3500 será o jato executivo mais acessível da Bombardier, sintoma do enxugamento da divisão aeronáutica do grupo.

Rival do brasileiro Praetor 600 e do Gulfstream 280, o Challenger precisará realmente de um esforço grande para que a empresa possa manter a única divisão de aviação que restou após vender os aviões regionais CRJ e CSeries e os modelos da De Havilland Canada.

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