Brasil adia compra de mísseis russo de defesa aérea para 2016

Sistemas Pantsir S1 não chegarão a tempo para serem utilizados nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro
O caminhão de lançamento é apenas uma parte do Pantsir S1, que ainda acompanha veículos de apoio (Foto - KGP)
O caminhão de lançamento é apenas uma parte do Pantsir S1, que ainda acompanha veículos de apoio (Foto – KGP)
O caminhão de lançamento é apenas uma parte do Pantsir S1, que ainda acompanha veículos de apoio (Foto - KGP)
O caminhão de lançamento é apenas uma parte do Pantsir S1, que ainda acompanha veículos de apoio (Foto – KGP)

A longa negociação entre Brasil e Rússia para a compra de sistemas de defesa aérea, que já está em andamento há três, anos, vai atrasar mais uma vez, prejudicando o programa de defesa para os Jogos Olímpicos no Rio de janeiro, em agosto do próximo ano.

Antes previstos para este ano, as baterias de mísseis Pantsir S1 deverão chegar ao País somente em 2017. Segundo publicado no jornal O Estado de São Paulo, o contrato de aquisição, estimado em US$ 1,3 bilhão, deve ser assinado até março de 2016. Portanto, não haverá tempo para preparar os militares para operar os equipamentos durante as Olimpíadas. Além disso, a Rússia dá um prazo de 18 meses para entrega do material após a compra.

Segundo uma fonte da embaixada brasileira consultada pelo Estado, o acordo com a Rússia é definido como sendo uma cooperação militar e depende de haver provisão dos recursos orçamentários, o que acontecerá somente em 2016. A previsão é de que cada força militar brasileira – Exército, Marinha e Força Aérea – receba uma bateria Pantsir S1.

Chumbo grosso russo

O Pantsir S1 é uma complexa plataforma de defesa anti-aérea que combina mísseis e canhões controlados eletronicamente. Cada conjunto é composto por seis carretas lançadoras semi-blindadas e mais os veículos de apoio: carro de comando-controle, radar secundário, remuniciadores e unidade meteorológica. É considerado um dos sistemas desse tipo mais modernos do mundo e já foi utilizado em combate pela Síria – um avião turco de reconhecimento foi abatido na costa do país em 2012.

Ao localizar um alvo aéreo, o equipamento tem um tempo de reação de 20 segundos para marcar o alvo e preparar o ataque. O Pantisir S1 pode abater aeronaves distantes até 20 km, voando a altitude de 15 mil metros. Cada disparador é armado com 10 mísseis e ainda possui dois canhões de 30 mm de alta cadência. O radar pode acompanhar até 10 alvos, que podem ser aeronaves invasoras, helicópteros ou até mísseis de cruzeiro.

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Um míssil lançado pelo Pantsir S1 pode abater alvos aéreos a 20 km de distância
Um míssil lançado pelo Pantsir S1 pode abater alvos aéreos a 20 km de distância

O Brasil ainda negocia substituir alguns componentes do Pantsir S1 por equivalentes fabricados no Brasil. As carretas de tração integral, por exemplo, podem ser trocadas por modelos 6×6 da Avibras Aeroespecial, que já utiliza esse veículo em lançadores de foguetes livres. Já o radar de campo originalmente fabricado na Rússia pode ser substituído pelo Saber M220, com 200 km de alcance e produzido pela BraDar, subsidiária da Embraer Segurança e Defesa.

Uma segunda parte do contrato ainda contempla a encomenda de duas baterias do míssil russo Igla portátil. A arma, que tem alcance de até 10 km, pode ser disparada do ombro de um soldado.

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As forças armadas brasileiras carecem de meios eficientes “terra-ar”, dispositivos que enfrentam ameaças aéreas a partir do solo. A maioria desses equipamentos atualmente em uso no País pertencem ao Exército e uma segunda parte, menor, a Marinha. São na maioria canhões e baterias de mísseis portáteis. Já a Força Aérea tem apenas os caças F-5 e Super Tucano para lidar com a questão.

Atualmente o Pantisir S1 é utilizado pelas forças armadas da Argélia, Irã, Iraque, Jordânia, Omã, Síria, Emirados Árabes Unidos, Vietnã, além da própria Rússia.

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  1. A Rússia negou que tenha fornecido esse armamento à Síria. Outra coisa, esse sistema, apesar de muito moderno, é suscetível a ação de mísseis lançados de fora de seu raio de ação.

  2. .E o que me assusta mais ao ler a matéria com honraria ao grande projeto russso pantsir 1 que abateu 1 avião turco em 2012…..Tipicos de russos que adoram exibir seu potencial bélico ao meu ver quando discutimos de tecnologia!…, o que é 20 Km .Quando uma merda de Drone de combate, que já estão indo também para quarta ou quinta geração todos também sthealth que já usam jatopropulsor e não são detectado por sistema pantsir 1. Drones estes que lançam misseis e bombas a mais de 60 KM na direção de um pantsir 1 https://en.wikipedia.org/wiki/General_Atomics_Avenger eu chego a ficar com medo de gastos com os desnecessário e poderiamos investir em produtos eficaz e melhor sendo origem BRASIL povo este com criatividade de sobra.E investimento de menos.

  3. SO recapitulando já existem 4 peças misseis russos no Brasil e já estão em lugar e estratégicos e por isso vcs estão pensando que foi adiada as compras negativo e tenho conhecimento de causa

  4. jogando dinheiro do contribuinte no lixo! Hospitais precisando de tudo! Não tem dinheiro para escolas! E armar o Exercito, estão brincando com a paciência do contribuinte! Querem cobrar mais impostos para pagar a farra! Desde quando o Brasil precisa de míssil? Para o que? para enfiar o R… da Dilma e do Temer! Querem recriar a CPMF para pagar a Russia?

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