O aeroporto internacional da Cidade do México recebeu na noite dessa segunda-feira (12) a primeira operação comercial regular do Airbus A380 na América Latina. A aeronave, operada pela Air France, assumiu a rota Paris – Cidade do México após a companhia aposentar sua frota de jatos Boeing 747-400.
Segundo a empresa francesa, o A380 vai voar três vezes por semana para o México e aumenta em 20% a capacidade de passageiros em relação ao 747 – o A380 da Air France é configurado para transportar até 516 ocupantes, distribuídos em quatro classes (La Première, Business, Premium Economy and Economy).
O México já havia sido o primeiro país na América Latina a receber um voo comercial de A380. O aparelho, pela Air France, inaugurou a rota Paris – Cancun em 2013, que em seguida foi assumida por modelos Boeing 777.
Com o início das operações do A380 no México, o Brasil, que era tido como o principal país da região para receber o “gigante” da Airbus, perdeu a chance de ser a primeira nação na América Latina a receber regularmente o maior avião de passageiros do mundo.
Em 2015, a Emirates Airlines comemorou seus oito anos de presença no mercado brasileiro com uma viagem de A380 entre Dubai e Guarulhos (SP). O avião, porém, não retornou – a rota é realizada por jatos Boeing 777-300.
A operação do maior avião da Airbus ainda não é viável no Brasil devido a baixa ocupação: o modelo que veio para São Paulo voltou para Dubai com apenas 261 passageiros, quase metade da capacidade do modelo operado pela companhia do Oriente Médio.
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Com a alta taxa tributária e o poder de compra so caindo difícil mesmo ocupar um avião desse porte.
Deixando de lado os sentimentos nacionalistas, a Air France tomou a atitude mais correta afinal, o Brasil passa por uma grave crise econômica que perdurará pelos próximos cinco anos e não há razões que justifiquem tal presença.
Esse avião não vai aparecer por aqui por uma razão muito simples, não há demanda para ele, e com o preço do QAV no Brasil, é proibitivo para um avião de 4 motores desse porte. Os 777 suprem a demanda com um custo operacional mais baixo.