Embora esperada diante das circunstâncias causadas pelo surto de COVID-19, a aposentadoria do Boeing 747 na British Airways sempre foi um assunto evitado pela empresa. Mas nesta quinta-feira, 16, a companhia aérea britânica enviou um comunicado interno em que confirma que não deverá voar mais com a “Queen of the Skies” (Rainha dos Céus).
“A maior parte de nossa frota é de aeronaves grandes, de fuselagem larga e longo curso, com muitos assentos premium, destinados a transportar grande número de clientes. Mais conhecido avião de nossa frota, o 747-400 tem um lugar muito especial no coração dos entusiastas da aviação e de muitos de nós.”, diz a nota enviada a seu staff.
“A aposentadoria antecipada será acelerada nos próximos meses e não esperamos realizar mais voos comerciais com ele”, completa a nota que explica que a decisão ainda será submetida aos controladores da companhia aérea.
A British Airways recebeu seu primeiro 747 em 1971 e nunca deixou de voar com o Jumbo desde então, mesmo quando recebeu seus primeiros A380. A atual frota de 28 jatos 747-400 começou a ser entregue em 1989 e teve a última unidade recebida em abril de 1999.
Apesar de ter sido retirado de serviço por muitas companhias aéreas, o 747 era considerado pela BA um ativo importante e por isso sua aposentadoria estava programada apenas para 2024. Para substitui a aeronave, o grupo IAG encomendou o Boeing 777-9, variante avançada do bimotor e que está em fase de certificação.
Fim de produção próximo
Ícone da aviação comercial, o 747 completou 50 anos do seu primeiro voo em 2019. A Boeing garante que ainda produzirá o quadrimotor até 2022 quando deverá concluir as entregas atuais, de versões de carga. Depois disso, a airframer do EUA tem se negado a comentar, mas há consenso que o fim está próximo.
Com as perspectivas pessimistas quanto ao retorno dos níveis pré-pandemia no tráfego aéreo mundial, a tendência é que os grandes widebodies seja retirados de serviço rapidamente. Para o Jumbo, entretanto, ainda restará o papel de avião de carga.
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