A área de Defesa e Segurança da Embraer não vem tendo um ano fácil. Conforme divulgado pela companhia na segunda-feira (14), durante a apresentação dos resultados do terceiro trimestre deste ano, a divisão de produtos militares foi a única do grupo que nesse período registrou queda na receita (de R$ 533,7 milhões no 3T22), de 42% em relação ao segundo trimestre de 2022.
De acordo com o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, a diminuição dos rendimentos da divisão de defesa se deu por conta da pandemia de Covid-19 e devido à guerra na Ucrânia. “A área de defesa passou por um período difícil durante a pandemia por que os governos acabaram focando mais em como superar aquela situação difícil”, disse o executivo-chefe na conferência de resultados da empresa.
No entanto, Gomes Neto citou que tal situação na divisão militar é passageira e que o próximo ano pode ser melhor, sobretudo com o possível avanço de novas negociações sobre o C-390 Millennium e o Super Tucano.
“Mais recentemente, pós-pandemia e também por causa do conflito na Ucrânia, percebemos um crescimento muito grande no interesse em nossas aeronaves por conta dos governos avançarem na renovação de suas frotas de defesa e também melhorar a prontidão de seus equipamentos. Temos várias campanhas em andamento, tanto para o C-390 Millennium como para A-29 Super Tucano, em várias partes do mundo. Estamos muito otimistas para os próximos anos com a (divisão) de defesa”, disse Gomes Neto.
Como é de praxe no mercado militar, o executivo da Embraer não revelou em quais países estão em andamento as “várias campanhas” de oferta de produtos militares, limitando-se a dizer que “esperamos ter algumas notícias durante o ano que vem “. Mas algumas pistas sobre possíveis negociações já foram deixadas pelo caminho.
Em junho deste ano, a Embraer Defesa e Segurança confirmou a intenção da Força Aérea da Holanda em encomendar cinco aeronaves multimissão C-390, com entregas a partir de 2026. Apesar de bastante avançada, o negócio ainda não foi efetivamente concluído.
Ainda sobre o C-390, a Embraer anunciou no mês passado a assinatura de um Memorando de Entedimento com empresas da Coreia do Sul para fornecer peças para o cargueiro militar fabricado no Brasil. O Millennium é uma das aeronaves que participa do programa da Aeronave de Transporte de Grande Porte II (Large Transport Aircraft – LTA II), promovido pela força aérea sul-coreana.
Já o Super Tucano pode pintar pela primeira vez na frota de uma força aérea da Europa. Há alguns anos vem sendo ventilado o interesse da Força Aérea de Portugal no avião de ataque leve da Embraer, que recentemente habilitou sua unidade portuguesa, a OGMA, a executar processos de manutenção na aeronave.
Redução de pedidos da FAB não afetou o programa C-390
A Embraer também confirmou nesta semana que concluiu as negociações com a Força Aérea Brasileira para reduzir de 22 para 19 o número total de aeronaves KC-390 a serem entregues. A despeito das baixas nas encomendas, a companhia informou que as alterações no contrato “preservam o fluxo de caixa da Companhia, asseguram a viabilidade econômico-financeira do programa KC-390 Millennium”.
A fabricante ainda divulgou novas atualizações sobre o programa C-390, que tem atualmente sete unidades em processo de construção na sede em Gavião Peixoto (SP), sendo quatro exemplares para a FAB, dois para Portugal e uma para a Hungria. A empresa também acrescentou que a campanha de testes em voo para o programa português está em andamento para “preparar a integração dos testes dos sistemas da OTAN”.
“que tem atualmente cinco unidades em processo de construção na sede em Gavião Peixoto (SP), sendo quatro exemplares para a FAB, dois para Portugal e uma para a Hungria” oi?
olá redator, matou a aula de matematica ? 5 ou 7?
Olá, Call, tudo bem? São sete aviões e somos humanos, suscetíveis a errar, não é mesmo? Como já disse em outros posts, fiquem à vontade para apontar erros, nos ajuda demais, mas é desnecessário ironias para isso. Basta dizer algo como “A informação não está coerente sobre a quantidade de aviões no último parágrafo, etc” ou “houve um erro na soma das aeronaves, bla, bla”. É um comentário elegante, útil e ainda faz bem à saúde. Abraços!