Esta terça-feira, 11 de março, pode reservar um anúncio importante da Embraer na Polônia. É o que sugere o site Rynek Lotniczy, que revelou que a cúpula da empresa brasileira estará no país para uma coletiva de imprensa, incluindo o CEO Francisco Gomes Neto.
Em entrevista com Frederico Lemos, Chefe Comercial da divisão de defesa da Embraer, o site ressaltou uma possível encomenda do C-390 Millennium pela Força Aérea Polonesa.
A força aérea do país opera atualmente 10 turboélices C-130 Hercules antigos e desde o ano passado avalia o avião da Embraer.
O governo polonês tem ampliado os gastos de defesa em meio ao acirramento das tensões da Europa com a Rússia após a invasão em grande escala à Ucrânia.

A Polônia é uma das maiores apoiadoras do esforço ucraniano para expelir as forças invasoras russas enquanto amplia e moderniza suas forças armadas.
A escolha do C-390 poderia ocorrer na esteira de acordos fechados pela aeronave por países membros da OTAN, do qual a Polônia é signitária.
Uma força integrada de aviões de transporte e reabastecimento significaria menores custos de treinamento e suporte. Já optaram pelo C-390 na Europa Portugal, Holanda, Hungria e República Tcheca, entre os membros da aliança militar – e há ainda a Áustria, que encomendou quatro aeronaves.
Decisão da LOT à vista?
Vale observar, no entanto, que um anúncio nesse sentido normalmente é feito pelo governo local e não por uma empresa, daí a se entender que um potencial acordo que faça a Embraer visitar a Polônia possa ter mais a ver com a LOT Polish Airlines.
A companhia aérea nacional polonesa está próxima de anunciar uma encomenda de até 84 jatos regionais para substituir e expandir sua frota de até 150 assentos.

Na disputa estão o Airbus A220 e o Embraer E195-E2, mas pesa a favor da empresa brasileira o fato que a LOT é uma cliente tradicional dos E-Jets, tendo sido a primeira empresa aérea no mundo a operar um desses aviões em 2004.
Além disso, há três E195-E2 arrendados em serviço na companhia aérea desde o ano passado.
Apesar dos rumores, a coletiva pode ser apenas mais um movimento para convencer os poloneses a expandir sua parceria com os brasileiros. E isso sugere também outros tipos de relacionamentos como a entrada de empresas da Polônia na cadeia de suprimentos da Embraer.
Portanto, as possibilidades são vastas.
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