Como era esperado, a Embraer anunciou a empresa indiana que será sua parceria no projeto de fornecimento do avião multimissão C-390 Millennium para a Força Aérea Indiana, a Mahindra.
O grupo indiano era um dos três com as quais a Embraer negociava – os outros eram a estatal Hindustan Aerospace Limited (HAL) e a gigante Tata.
Para viabilizar a parceria, a Embraer e a Mahindra Defense Systems assinaram de um Memorando de Entendimento (MoU) na Embaixada do Brasil em Nova Déli na sexta-feira.
“Estamos honrados em anunciar esse MoU com a Mahindra Defence System. A Índia tem uma indústria de defesa e aeroespacial diversa e forte e escolhemos a Mahindra como nosso parceiro para competirmos em conjunto no programa MTA”, afirmou Bosco da Costa Junior, Presidente & CEO da Embraer Defesa & Segurança.
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Segundo a companhia, as duas empresas irão trabalhar com a Força Aérea da Índia para identificar os próximos passos do Programa MTA (Aeronave de Transporte Médio), uma concorrência que visa encomendar de 40 a 80 aeronaves de transporte.
“Estamos orgulhosos em iniciar essa parceria com a Embraer, uma companhia conhecida por sua excelência em engenharia e um portfólio único de aeronaves e sistemas. O C-390 Millenium é a aeronave militar mais avançada do mercado e acreditamos que essa parceria vai não apenas reforçar a habilidade operacional da Força Aérea Indiana, mas também proporcionar uma solução de industrialização eficiente completamente alinhada com os objetivos do ‘Make in India’”, disse Vinod Sahay, que preside o Conselho Executivo do Grupo M&M, controlador da Mahindra.
As duas empresas pretendem estabelecer um futuro centro da aeronave C-390 na região, mas não citaram uma linha de montagem, embora esse requisito seja praticamente obrigatório em caso de seleção pela Força Aérea Indiana.
A Mahindra Defense Systems tem como principal foco os veículos blindados e produtos relacionados à segurança, incluindo eletrônicos.
O grupo, no entanto, não tem uma atuação aeroespacial tão ampla, apenas produzindo aeroestruturas e desenvolvendo um pequeno monomotor utilitário originalmente de uma empresa australiana.
Os outros dois grupos possuem expertise maior, sendo a HAL uma fabricante estatal e a Tata, um gigante industrial com ramificações diversas, mas que tem laços maiores com a Airbus.
Até o momento o C-390 Millenium foi selecionado pelo Brasil, Portugal, Hungria, Holanda, Áustria, República Tcheca e, mais recentemente, Coreia do Sul.