C919 estreia voo para Hong Kong, mas COMAC quer jato chinês em outros países

Aeronave comercial produzida pela China passou a ligar Xangai a Hong Kong com a China Eastern Airlines desde 1º de janeiro
O C919 da China Eastern durante o voo para Hong Kong
O C919 da China Eastern durante o voo para Hong Kong

A expansão da operação do C919, jato comercial totalmente desenvolvido e produzido da China, caminha a passos largos, com novos marcos sendo atingidos em sequência.

No dia 1º de janeiro, a China Eastern Airlines, cliente lançadora da aeronave e dona de uma frota de 10 jatos, estreou o voo Xangai-Hong Kong, o primeiro fora da China continental.

A rota de cerca de 2 horas e 30 minutos será operada diariamente pelos voos MU721 e MU722.

A aeronave decola do Aeroporto Internacional de Hongqiao às 8h20 e pousa em Hong Kong às 10h45. O voo de retorno parte às 11h55 e chega em Xangai às 14h05 (horários locais).

Voo entre Xangai e Hong Kong estreou em 1º de janeiro
Voo entre Xangai e Hong Kong estreou em 1º de janeiro

A despeito do marco, a fabricante estatal COMAC já planeja voos mais longos. Segundo a empresa, a meta é estabelecer rotas do C919 no Sudeste Asiático até 2026.

Além de operação com transportadoras chinesas, a COMAC vislumbra fechar pedidos com companhias aéreas estrangeiras na região. Entre as potenciais clientes estariam a Garuda (Indonesia), Vietnam Airlines e AirAsia (Malásia).

Produção em expansão em Pudong

A ambição da fabricante chinesa surge após a entrega de 13 C919 em 2024, que se somaram a outras três aeronaves entregues entre 2022 e 2023.

Apenas no quatro trimestre, a COMAC concluiu a entrega de seis jatos comerciais, uma média de um C919 a cada duas semanas.

A empresa, no entanto, sabe que a taxa de produção ainda é baixíssima diante da expectativa de demanda.

Fábrica da COMAC que será ampliada para produzir mais C919
Fábrica da COMAC que será ampliada para produzir mais C919

Em 28 de dezembro, a COMAC realizou o evento de lançametno de um projeto de expansão da planta de Pudong, em Xangai, com a plano de estabelecer uma produção em grande escala.

A empresa espera atingir uma taxa anual de produção de 150 aeronaves por ano até 2028. Trata-se de mais de seis vezes o ritmo atual, mas ainda bem distante da capacidade de suas rivais ocidentais, a Airbus e a Boeing.

A despeito das “mais de mil encomendas” alegadas pela estatal, outro marco perseguido é a certificação de tipo pela EASA, a agência europeia de aviação civil.

O processo de aprovação está em curso e espera-se pela sua conclusão já em 2025, o que abrirá portas nunca antes imaginadas para  um produto deste tipo feito na China.

 

 

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