O novo avião furtivo chinês apelidado de ‘J-36’ voltou a ser flagrado em voo nos últimos dias, no que é a terceira vez que a aeronave, supostamente desenvolvida pela fabricante Chengdu, surge nas redes sociais do país.
O protótipo é equipado com três motores e exibe uma camuflagem em tons de cinza que ficou mais nítida em um vídeo que gravou sua aproximação para pouso.
Outra gravação mostra o J-36 em voo a uma altitude mais elevada e com os trens de pouso recolhidos.
Siga o AIRWAY nas redes: WhatsApp | Telegram | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
A aeronave possui uma configuração semelhante ao russo Sukhoi Su-34, com as rodas centrais em tandem para oferecer maior espaço para o compartimento interno de armas.

O J-36 não possui cauda e estabilizador vertical, fazendo uso de spoiler de dupla face para realizar guinadas e giros. A razão é reduzir sua assinatura de radar, tornando a superfície mais limpa.
Sua configuração de asa delta de duplo enflechamento e o nariz bastante fino contribuem para torná-lo mais furtivo.
Ainda não está claro se o J-36 será um caça de superioridade aérea ou uma aeronave de ataque em penetração, ou ainda ambos.
The Chinese J-36 aircraft during its landing approach after its third known flight to date. #chengdu #j36 #stealth #plaaf pic.twitter.com/KNNkA8CwBo
— Air Data News (@airwayaviation) March 28, 2025
A cabine de comando também não apareceu em imagens nítidas o suficiente para checar se o jato é monoposto ou biposto lado a lado. A característica mais incomum, no entanto, é a entrada de ar superior para o motor central.
Avanço inesperado
A China tem demonstrado uma enorme capacidade de assimilar novas tecnologias e colocar em produção aeronaves avançadas.

O caça J-20, por exemplo, é considerado o primeiro jato furtivo a provocar uma reação da Força Aérea dos EUA, que retirou alguns F-117A do armazenamento e deslocou aviões F-35 para o serviço de aeronave aggressor.
Mas o J-36 é um grande passo adiante. A capacidade industrial do país, somada aos inesgotáveis recursos financeiros da PLAAF certamente podem colocar a China em uma posição à frente dos Estados Unidos.

Não é portanto uma surpresa que o presidente Donald Trump tenha concedido rapidamente o programa NGAD da Força Aérea à Boeing e se prepare para fazer o mesmo com o F/A-XX, da Marinha dos EUA.
Os dois caças de 6ª geração precisarão sair do papel logo a fim de compensar o que parece ser um inevitável desequilíbrio de forças.
O avião chinês ‘J-36’ durante aproximação para pouso após o terceiro voo conhecido até agora.