O icônico caça russo MiG-21 já não é mais usado em patrulhas aéreas na Europa. A Força Aérea da Croácia, sua última operadora no continente, aposentou os jatos supersônicos da era soviética no domingo, 1º de dezembro.
Embora os quatro MiG-21 remanescentes permaneçam no inventário por algumas próximas semanas, eles não serão mais acionados para defender o país, tarefa que caberá aos Eurofighter Typhoon da Itália e Saab Gripen da Hungria até o final de 2025.
É o tempo necessário para que a Força Aérea Croata possa concluir o treinamento de seus pilotos para voar os 12 caças Dassault Rafale adquiridos, dos quais sete já foram entregues.
Como membro da OTAN, a Croácia pode se beneficiar da ajuda de seus vizinhos aliados para manter a defesa aérea de seu território.
A previsão é que os caças Rafale assumam a tarefa entre o final de 2025 e o começo de 2026.
Presença massiva na Cortina de Ferro
O MiG-21 é talvez o mais popular caça desenvolvido pela União Soviética e foi empregado em vários cenários durante décadas.
Monomotor de asas delta com sua característica entrada de ar no nariz, o jato teve cerca de 11.500 unidades produzidas entre 1959 e 1986 – a China, no entanto, fabricou a versão local da aeronave até 2017.
Durante a Guerra Fria, o caça era operado por quase todos os países da Cortina de Ferro e foi um oponente potencial de aeronaves ocidentais.
O colapso da União Soviética na década de 1990, no entanto, iniciou um movimento intenso de substituição de aviões por similares mais modernos do Ocidente.
Mas alguns países seguiram com seus MiG-21 ativos como a Romênia, que aposentou seus últimos caças em 2023, substituídos por F-16 e futuramente pelo F-35.
Ainda restam outros aviões de caça russos como o MiG-29, que está ativo na Polônia, Bulgária, Sérvia e Ucrânia, mas que também estão em processo de desativação.