A 388ª Ala de Caças da Força Aérea dos EUA (USAF) conseguiu um feito notável, reconstruir um caça F-35A Lightning II utilizando parte de duas aeronaves separadas e danificadas.
O caça da Lockheed Martin, batizado de “Franken-bird” (uma alusão ao termo Frankenstein associado a um pássaro), voou pela primeira vez recentemente após um longo de trabalho de reconstrução que teve início em 2023.
Para isso, equipes do Programa Conjunto F-35 , do Complexo Logístico Aéreo Ogden, da 388ª Ala de Caças e a fabricante Lockheed Martin utilizaram um F-35 que havia sido danificado após o colapso do pouso dianteiro em 2020 e outro jato que teve um incêndio no motor em 2014 na Base Aérea de Eglin, na Flórida.
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Segundo a Força Aérea, foi preciso criar ferramentas, suportes e outros equipamentos exclusivos para unir as seções da aeronave.
Desde o ano passado, a aeronave permaneceu no hangar do 4º Esquadrão de Caça, para que fossem concluídos os estágios finais de sua restauração.
Projeto bem mais barato que caça novo
“Quando recebemos a aeronave, ela era praticamente uma casca”, disse o aviador sênior Jaguar Arnold, o chefe de tripulação dedicada da aeronave do 4º FGS. “Havia muitas tarefas a serem concluídas que não tínhamos feito antes no nível da unidade.”
Após remontada, a aeronave foi religada, teve a cabine reconstruída e instalados aviônicos e computadores diversos.
Até mesmo materiais e revestimentos que garantem a baixa observação do F-35 foram fabricados e instalados durante a remontagem.
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Apesar dos desafios, o projeto de reconstrução foi vantajoso para a USAF, que gastou menos de US$ 6 milhões comparado aos mais de US$ 80 milhões que custa um F-35 novo.
Após o voo de verificação funcional bem-sucedido, o F-35 voou para as instalações da Lockheed Martin em Fort Worth, Texas, para as certificações finais, antes de retornar ao 4º Esquadrão de Caça.