O porta-aviões nuclear USS Harry S. Truman (CVN-75) passou por um episódio inusitado na sexta-feira, 8 de julho. Um dos caças F/A-18 Super Hornet que estavam no convés caiu no mar após uma tempestade repentina.
Segundo a Marinha dos EUA (US Navy), não havia ninguém a bordo da aeronave, que afundou no Mar Mediterrâneo, onde a embarcação se encontra desde o começo do ano, como apoio às operações da OTAN na Europa após a invasão russa à Ucrânia.
O incidente é bastante incomum já que as aeronaves que ficam no convés dos porta-aviões são acorrentadas ao navio para evitar justamente que sejam jogadas no mar.
A US Navy não esclareceu de qual dos quatro esquadrões de Super Horneto caça pertence, mas segundo relatos seria um F/A-18F, de dois assentos, do VFA-11 “Red Ripers”.
Ainda não está decidido se haverá uma operação de resgate da aeronave, mas isso é bastante provável a fim de evitar que nações adversárias dos EUA tentem encontrar o Super Hornet.
A Marinha norte-americana não perdia um avião naval no convés desde 1995 quando um caça F-14 expeliu outro Tomcat ao decolar. Normalmente, nos lançamentos de catapulta há defletores dos jatos dos motores para evitar esse tipo de situação.
Em janeiro, a US Navy perdeu outro caça neste ano, um F-35C que sofreu um pouso acidentado e afundou no Mar da China. A aeronave foi recuperada semanas depois.
No caso do Super Hornet, a tarefa pode ser mais fácil já que o Mar Mediterrâneo tem uma profundidade média bem menor que o Mar do Sul da China – cerca de 1.600 metros contra 4.000 metros na região do Oceano Pacífico.