Acostumado a operar no frio europeu, o caça Gripen da Força Aérea Brasileira (FAB) foi colocado à prova em fevereiro em ambiente de calor elevado.
A Saab, por meio do Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC), a Embraer e a FAB, realizaram 14 missões de 35 minutos cada com o jato FAB 4100, o primeiro a chegar ao país.
Os voos partiram da Base Aérea de Anápolis (GO), localizada a 1.100 metros acima do nível do mar e em meio a um calor de 32ºC.
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Além do ambiente extremo, o Gripen de testes foi equipado com dois tanques sob as asas carregados com 1.100 litros de combustível. Para completar o ‘pacote’, dois mísseis ar-ar guiados por infravermelho de curto alcance Diehl IRIS-T e dois mísseis de longo alcance MBDA Meteor foram adicinados ao jato.
“No total, realizamos 14 missões de 35 minutos cada, 62 pousos e oito reabastecimentos em terra com o motor ligado para ganhar eficiência. Nosso objetivo era criar um cenário em que a aeronave estivesse muito carregada, em um ambiente quente e alto, aproximando-se para o pouso com uma curva aberta e alinhando-se à pista curta pouco antes do pouso”, disse Jonas Petzén, chefe de testes de voo da Saab.

O primeiro voo do Gripen 4100 foi feito sem carga externa e, gradativamente, a aeronave passou a receber os mísseis e depois os tanques externos.
“Já fizemos testes em ambientes quentes, secos e úmidos antes, em Anápolis e Belém, mas com foco em testes ambientais, ou seja, se o Gripen poderia suportar calor e umidade extremos. Agora, verificamos a qualidade do voo e a capacidade de manobra do ponto de vista do piloto”, acrescentou Petzén.

Encomenda de 36 caças
Segundo a Saab, a campanha envolveu aproximadamente 22 pessoas, sendo sete profissionais da Saab e 15 da Embraer, incluindo técnicos, engenheiros de instrumentos de voo, engenheiros de voo, pilotos de teste de voo e gerentes de campanha.
A Força Aérea Brasileira começou a receber o Gripen E (F-39E) operacional em dezembro de 2022 e até agora possui oito dos 36 jatos encomendados.
O programa tem sofrido atrasos devido às restrições orçamentárias do governo federal.
E a novela do caça brasileiro continua a passos de lesma ….
Se gastar onde deve ser aplicado não sobra “tutu” para desviar.