A Força Aérea Peruana (FAP) desfruta de um relacionamento próximo com a Korean Aerospace Industries (KAI), com a qual produziu os turboélices de treinamento KT-1P na década passada, por meio da estatal SEMAN.
A parceria foi estendida recentemente com o anúncio que a SEMAN irá produzir componentes para o caça de geração 4.5 KF-21 Boramae.
O cenário sugere que a KAI seria uma das concorrentes à renovação da frota de caças da FAP, porém, surpreendentemente, a empresa sul-coreana foi excluída da competição.

Segundo a mídia local, a razão é que a fase de definição dos requisitos operacionais ocorreu em 2012 e que definiu os caças Saab Gripen, Dassault Rafale e Lockheed Martin F-16 como os únicos concorrentes.
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A KAI não seu deu por vencida e tenta convencer os oficiais peruanos com um pacote generoso que inclui apoio logístico e um programa de desenvolvimento da indústria aeroespacial do país sul-americano.

Em 2024, a empresa oficializou uma proposta para venda de 24 caças Boramae. A KAI e o governo da Coreia do Sul, que interviu na negociação, alegam que a concorrência internacional deve contar com maior número de participantes para que o resultado final seja o melhor possível.
O candidato que desponta como mais provável vencedor é o Gripen E/F, cuja fabricante, a Saab, obteve aprovação do parlamento sueco para vender um primeiro lote de 12 aeronaves.
Caça com potencial furtivo
O KF-21 tem sido desenvolvido de maneira célere pela Coreia do Sul, que almeja ter uma aeronave de combate avançada produzida no país e assim depender menos de fornecedores externos.

Mas os planos da KAI vão além e incluem até mesmo uma variante de 5ª geração, com capacidade furtiva.
O Boramae já conta até mesmo com uma variante de dois assentos e já começou a ser produzido em série. A Força Aérea da República da Coreia (ROKAF) adquiriru 120 caças e deve receber os primeiros KF-21 em 2026.