Caça pilotado por mercenário português é abatido na Líbia

Aeronave foi derrubada pelo grupo rebelde Exército Nacional da Líbia
A força aérea da Líbia adquiriu mais de 30 caças Mirage F1 da França nos anos 1970; sem pilotos, esses aviões hoje são comandados por mercenários (Rob Schleiffert/Creative Commons)
A força aérea da Líbia adquiriu mais de 30 caças Mirage F1 da França nos anos 1970; sem pilotos, esses aviões hoje são comandados por mercenários (Rob Schleiffert/Creative Commons)
A força aérea da Líbia adquiriu mais de 30 caças Mirage F1 da França nos anos 1970; sem pilotos, esses aviões hoje são comandados por mercenários (Rob Schleiffert/Creative Commons)
A força aérea da Líbia adquiriu mais de 30 caças Mirage F1 da França nos anos 1970; sem pilotos, esses aviões hoje são comandados por mercenários (Rob Schleiffert/Creative Commons)

Um caça-bombardeiro Dassault Mirage F1 foi derrubado na região de Al-Hira, a 70 km de Tripoli, anunciou a força rebelde auto-intitulada Exército Nacional da Líbia, em sua página no Facebook nesta terça-feira (7). O grupo também capturou o piloto, um mercenário de Portugal identificado como Jimmy Reis, e o exibiu em vídeos divulgados nas redes sociais.

O abate da aeronave aconteceu um dia após o líder do grupo rebelde, o general Khalifa Haftar, ter ordenado a destruição do exército leal ao governo oficial da Líbia, que é reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Um vídeo divulgado pelos rebeldes líbios mostra o piloto vestindo uma camiseta manchada de sangue e sendo interrogado em inglês. Perguntado sobre o que estava fazendo na Líbia, o piloto respondeu: “fui solicitado para destruir estradas e pontes”. O mercenário português disse ainda que sua missão no país era um contrato civil.

Em Lisboa, o ministério da defesa português afirmou à agência Reuters que o piloto capturado na Líbia não é um um soldado de Portugal.

Ainda não foi esclarecido como o piloto chegou à Líbia e para quem ele estava voando quando foi derrubado. A forma como o avião foi abatido também não foi informada pelo grupo rebelde.

Um porta-voz do Exército Nacional da Líbia disse à agência Anadolu, da Turquia, que o piloto era um mercenário voando para o Governo do Acordo Nacional, autoridade reconhecida pela ONU como governante da Líbia e que luta contra o grupo rebelde.

Outro porta-voz da força rebelde, no entanto, disse a Al Arabiya, da Arábia Saudita, que o piloto estava trabalhando para a Operação Sofia, da União Europeia, para combater o contrabando de pessoas no Mediterrâneo, e foi abatido “por engano” e prometeu entregá-lo ao seu país imediatamente após o tratamento de suas feridas.

Este é o segundo piloto de Portugal identificado pelo Exército Nacional da Líbia na batalha contra o governo oficial da Líbia. Em junho de 2016, um caça Mirage comandado por um mercenário luso caiu em Sirte depois de sofrer problemas mecânicos. O piloto conseguiu ejetar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

No mês passado, o exército rebelde da Líbia já havia derrubado um Mirage F1 também comandado por um mercenário identificado como Borys Reys, do Equador. O piloto voava a serviço do governo oficial da Líbia e conseguiu escapar de ser capturado.

A Líbia vive uma situação caótica desde a queda e morte do ditador Muammar Gaddafi em 2011. Grupos rebeldes que reivindicam a autoridade da nação no Oriente Médio surgiram no país nos últimos anos, como foi o caso do Estado Islâmico e o Exército Nacional da Líbia.

Veja mais: Argentina negocia exportar jato Pampa para países latino-americanos

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