Um caça da Segunda Guerra Mundial Supermarine Spitfire caiu próxmo à Base Aérea de Coningsby, na Inglaterra, no sábado, 25. O piloto não sobreviveu.
A aeronave de matrícula MK356, fabricada em 1944, pertencia à Battle of Britain Memorial Flight, divisão de preservação da história da Real Força Aérea do Reino Unido (Royal Air Force), que mantém seis Spitfires, dois Hurricanes, um bombardeiro Lancaster, um C-47 Dakota e dois Chipmunks em condições de voo.
Mais tarde, a RAF revelou o nome do piloto, o líder de esquadrão Mark Long, que pilotava caças Typhoon em Coninsgby. Um comunicado do comandante da ala aérea, Capitação Robbie Lees, afirmou que as causas do acidente serão investigadas, mas que não haverá qualquer declaração até a conclusão da investigação.
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A aeronave caiu em um campo perto da base aérea. Imagens mostram os destroços do caça, um dos mais famosos da Segunda Guerra Mundial.
A tragic accident involving a much loved member of @RAFBBMF as a WWII Spitfire crashes near RAF Coningsby.@KensingtonRoyal and political leaders including Prime Minister @RishiSunak and @Keir_Starmer lead tributes to pilot
I’ll have full story on @BBCNews at Ten #BBCNewsTen pic.twitter.com/KtZyEnxodv
— Phillip Norton (@phillipnorton) May 25, 2024
O acidente ocorre dias antes das comemorações do 80 anos do Dia D, quando forças aliadas desembarcaram na Normandia (França) em 6 de junho de 1944 para expulsar a Alemanha nazista da Europa ocidental.
A Base Aérea de Coningsby é localizada em Lincolnshire, na região central da Inglaterra e sediou esquadrões de bombardeiros na Segunda Guerra. Atualmente, a RAF opera caças Eurofighter Typhoon a partir dali.
Há dezenas de aeronaves da Segunda Guerra preservadas em condições de voo no Reino Unido. É possível até mesmo ter uma experiência a bordo de um Spitfire, como no Museu de Duxford, onde um voo custa quase 3.000 libras (cerca de R$ 20 mil).
Saiba mais sobre o caça Supermarine Spitfire
O Supermarine Spitfire é um dos aviões de caça mais icônicos da Segunda Guerra Mundial, amplamente reconhecido por seu papel crucial na Batalha da Grã-Bretanha. Projetado por R. J. Mitchell, o Spitfire destacou-se por seu design elegante e alto desempenho.
Desenvolvimento e Projeto
– Projetista: R. J. Mitchell, da Supermarine Aviation Works.
– Primeiro Voo: 5 de março de 1936.
– Entrada em Serviço: 1938, com a Força Aérea Real (RAF).
– Características: Asas elípticas, que proporcionavam excelente
manobrabilidade e aerodinâmica.
Desempenho e Especificações
– Motor: Inicialmente equipado com o motor Rolls-Royce Merlin.
Versões posteriores usaram o motor Rolls-Royce Griffon.
– Velocidade Máxima: Aproximadamente 594 km/h nas primeiras
versões.
– Alcance: Cerca de 760 km.
– Armamento: Variava entre as versões, mas geralmente incluía
metralhadoras Browning de 7,7 mm e canhões Hispano de 20 mm.
Papel na Segunda Guerra Mundial
– Batalha da Grã-Bretanha: O Spitfire, junto com o Hawker
Hurricane, foi crucial para a defesa aérea do Reino Unido em 1940.
Embora em menor número que os Hurricanes, os Spitfires enfrentaram
os caças alemães, enquanto os Hurricanes focavam nos
bombardeiros.
– Versatilidade: O Spitfire foi adaptado para várias funções além
do caça de superioridade aérea, incluindo reconhecimento
fotográfico, interceptação de alta altitude e ataque ao solo.
Produção e Variantes
– Produção Total: cerca de 20.351 unidades entre 1938 e
1948.
– Variantes: mais de 24 variantes principais, incluindo o Spitfire
Mk I, Mk V, Mk IX, e Mk XIV, cada uma com melhorias incrementais em
armamento, motor e capacidades de voo.