Um incidente no ar ocorrido na sexta-feira (19) gerou protestos dos EUA contra a Venezuela. Segundo a Marinha dos EUA, um avião de reconhecimento EP-3B Aries II, versão militar do conhecido Electra, sobrevoava águas internacionais ao norte do país sul-americano quando foi interceptado por um Sukhoi Su-30.
De acordo com a Marinha americana, o caça se aproximou perigosamente do turbo-hélice “a uma distância insegura no espaço aéreo internacional por um período prolongado de tempo, colocando em risco a segurança da tripulação e colocando em risco a missão EP-3”.
A declaração dos EUA, que chamou o episódio de “não profissional”, afirmou ainda que o EP-3 estava executando um voo autorizado por acordos internacionais e que o regime de Nicolás Maduro “opta por usar os recursos preciosos de seu país para se envolver em atos não provocados e injustificados”.
Os EUA ainda criticaram a Rússia “pelo apoio militar irresponsável ao regime ilegítimo de Maduro, que mina o estado de direito internacional e os esforços para combater o tráfico ilícito”.
Alerta
No sábado, a Venezuela divulgou sua versão do episódio em que alega que o avião dos EUA invadiu seu território e que foi alertado para se identificar antes que dois Su-30 fossem enviados para interceptá-lo.
Segundo o governo do país, o EP-3 estava espionando a Venezuela por conta de uma cúpula com a Rússia e Irã e de exercícios militares na região.
Vídeos de ambas aeronaves mostram um Su-30 voando a cerca de 300 metros do EP-3. A Venezuela diz que conduziu o avião da US Navy para fora da região. O caça russo, da versão de dois lugares, não parecia exibir nenhum míssil.
Ex-aliado dos EUA
A Venezuela foi um dos primeiros países a contar com caças F-16 Fighting Falcon no início da década de 80, quando o país era aliado os EUA que venderam 24 unidades das variantes A e B com motores F100.
Após a ascensão de Hugo Chavez à presidência do país e a aproximação com a Rússia, a Venezuela teve acesso ao Su-30, caça derivado do Su-27 e considerado um dos mais potentes de sua geração.