O governo da Coreia do Sul não irá esperar o fim dos testes de desenvolvmento do caça local KF-21 Boramae, previsto para 2026, para começar a produzi-lo.
Por conta disso, o Ministério da Defesa alocou um orçamento de cerca de US$ 179 milhões em 2024 para iniciar a produção do primeiro lote de 40 aeronaves.
O KF-21 é um projeto da Korea Aerospace Industries (KAI), que o desenvolve desde 2015. O primeiro protótipo voou pela primeira vez apenas em 2022, mas o programa já conta com seis aeronaves de testes, incluindo uma variante de dois assentos.
Embora tenha uma aparência stealth (furtiva), o Boramae não é um caça “invisível aos radares”. A aeronave é equipada com motores baseados no GE F414 fabricados sob licença.
O KF-21 pode voar a Mach 1.8 e teria um alcance de combate de 1.000 km. Ele poderá ser equipado com uma grande variadade de mísseis e armamentos de ataque ao solo.
A Força Aérea da República da Coreia (ROKAF) planeja aposentar os antigos caças F-4 Phantom e F-5 Tiger II com o Boramae a partir do segundo semestre de 2026.
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Ao todo, a ROKAF deverá contar com cerca de 120 jatos KF-21 até 2032.
Parcerias e potenciais clientes
A KAI também espera tornar o novo caça um produto de exportação. O programa conta com a parceria da Indonésia, embora o país esteja atrasado em seus pagamentos desde 2017.
O governo local tem passado por restrições orçamentárias enquanto negocia a compra de mais caças como o F-15 e o Rafale.
Há também sondagens de países como Polônia, que recentemente encomendou o caça leve FA-50, Emirados Árabes Unidos, Filipinas e, mais recentemente, da Arábia Saudita.
Os sauditas, no entanto, teriam discutido uma participação no desenvolvimento do KF-21. A força aérea do país do Oriente Médio está ampliando sua frota de caças e tenta adquirir novos lotes do Eurofighter e F-15, além de estudar uma proposta da Dassault pelo Rafale.