O helicóptero mais poderoso que já voou com as forças armadas do Brasil, o Mi-35M de fabricação russa é a nova atração no acervo do Museu Aeroespacial (Musal), Rio de Janeiro (RJ). A aeronave com registro FAB 8961, desativada recentemente pela Força Aérea Brasileira (FAB), chegou ao Musal voando na sexta-feira (5) e no fim de semana já estava em exposição.
Embora tenha virado peça de museu, o helicóptero militar recém-chegado ao Musal é relativamente novo. A aeronave é um dos 12 modelos Mi-35M (AH-2 Sabre, na designação da FAB) desativados neste ano pela FAB, que recebeu os aparelhos da Rússia entre 2010 e 2015. As demais unidades foram estocadas no Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (MG). Os aparelhos voavam com o Esquadrão Poti, baseado em Porto Velho (RO).
Para o Musal, a chegada do Mi-35M marca a entrada da primeira aeronave de origem russa no acervo mantido na base aérea do Campo dos Afonsos, que guarda raros aviões e helicópteros da FAB e outras relíquias que contam a história da aviação brasileira.
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Caçador de tanques
Os Mi-35M são uma versão atualizada do Mi-24, helicóptero de ataque da fabricante Mil Moscow que fez fama durante a Guerra Fria. Além de possuírem armamento para ataque ao solo que inclui torre móvel com um canhão e cabides para lança-foguetes e mísseis, o modelo é capaz de transportar oito soldados em uma pequena cabine.
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A Força Aérea Brasileira adquiriu o lote de 12 helicópteros em 2008 por US$ 386 milhões. O acordo foi anunciado durante um encontro entre o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e seu homólogo russo na época, Dmitri Medzedev.
Com a FAB, os AH-2 Sabre serviram em operações de vigilância do espaço aéreo e fronteiras na Amazônia, atuando principalmente contra o narcotráfico. Eram tão rápidos (alcança até 300 km/h) que podiam ser empregados em interceptações de pequenos aviões em voo irregular. Os helicópteros operados pelo Esquadrão Poti contavam com um canhão de 23 mm no nariz, metralhados, foguetes de 80 mm e o míssil anti-taque Ataka, também fornecido pela Rússia.
A retirada dos Mi-35M deixa o Brasil fora do grupo de países equipados com helicópteros de ataque, uma arma moderna que poucas nações possuem em seus arsenais. Na América na Latina, agora somente o Exército da Venezuela opera esse tipo de aeronave, com o Mi-35M2 “Caribe”.
O motivo que levou a aposentadoria dos helicópteros não foi divulgada pela FAB. A curta carreira dos Sabre no Brasil sempre foi acompanhada de rumores sobre dificuldades de manutenção do aparelhos, o que nunca foi confirmado.
Reclamaram tanto da aquisição do porta-aviões francês e vou ver quantos comentários serão feitos sobre mais essa “trapalhada” de um governante que só adquiriu porque tem simpatia pela ex União Soviética. Mais dinheiro “jogado pelo ralo”, algo normal (um absurdo isso ser normal) em um país onde os governantes “pintam e bordam” e ainda contam com a admiração de parte da população.
Tomara que consigam um comprador para as aeronaves restantes.
Deveriam ter passado para o exército estes helicópteros que são excelentes vetores de combate.
Por quê o atual “comandante supremo das forças armadas” permite que o único helicóptero de ataque do país vá para um museu, ao invés de mantê-lo funcional e em serviço? É o desmantelamento de nossas forças armadas pelo próprio”dono”!
Com a retirada desses ativos quais novos serão empregados de imediato para substituí-los? Pelo jeito nenhum.
Esses helicópteros são equipamentos caros, complexos e de alto valor de dissuasão nas regiões que atuam e pelo visto deixarão por essas regiões sem cobertura equivalente.
Espero que, no mínimo, sejam vendidos como equipamentos militares ativos, não como sucata.