Três caças Typhoon da força aérea britânica (RAF – Royal Air Force) acompanharam de perto o porta-aviões Almirante Kuznetsov, da Rússia, enquanto navegava pelo Canal da Mancha, nesta semana. A embarcação está retornando para casa após uma curta participação no conflito na Síria, contra o grupo terrorista Estado Islâmico.
Desde que deixou a Rússia, a embarcação e seu grupo de escolta vêm sendo monitorados pela RAF e outras forças militares de países membros da OTAN. “A operação para escoltar a força tarefa russa é parte de nossa atividade rotineira para segurar a integridade do espaço aéreo e das águas britânicas”, explica o marechal Steve Shell, comandante de operações da RAF.
O porta-aviões foi enviado ao Mediterrâneo Oriental para participar de operações militares empregadas pela Rússia na Síria, mas suspendeu as operações de voo depois que dois aviões foram perdidos em acidentes. A embarcação encerrou sua participação no conflito após a retomada de Aleppo, cidade síria que mais sofreu com o combate.
Como comentou o site The Aviationist, a passagem dos caças britânicos foi apenas uma “demonstração de força”. As aeronaves que voaram próximos ao porta-aviões não têm capacidade anti-navio.
Já os russos, por outro lado, desdenharam da escolta da RAF. Em comunicado oficial, o ministério da defesa da Rússia declarou que a passagens dos caças Typhoon é uma forma do Reino Unido desviar a atenção de seus contribuintes para longe de assuntos da marinha britânica, que atualmente investe alto na construção de um novo porta-aviões – o HMS Queen Elizabeth.
O ministério russo ainda acrescentou que sua esquadra não precisa de escolta, pois sabe o caminho de volta e o curso correto a ser seguido.
Jonathan Beale, correspondente de defesa da BBC, afirmou que os caças britânicos aproveitaram a oportunidade para identificar, por meio de sensores especiais, os sistemas de defesa anti-aérea presentes nas embarcações russas que navegavam pelo Canal da Mancha.
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