Caças F-22 Raptor dos EUA ganharão novos sensores infravermelhos

Lockheed Martin receberá US$ 270 milhões para implantar novo sistema de defesa em meio à ameaça de aviões ‘invisíveis’ chineses
Caça F-22 Raptor
Caça F-22 Raptor (USAF)

A Lockheed Martin assinou um contrato de US$ 270 milhões (R$ 1,6 bilhão) com a Força Aérea dos EUA (USAF) para implantar um sistema de sensores infravermelhos defensivos no caça F-22 Raptor.

Segundo a empresa, em breve a aeronave furtiva contará com um conjunto incorporado de sensores TacIRST que ampliará sua sobrevivência e letalidade em combate.

O sistema é conhecido pela sigla IRDS (Sistema de Defesa Infravermelho) e já estava em testes no F-22 há algum tempo.

“Entendemos a necessidade de sistemas infravermelhos avançados e versáteis como o IRDS, que tornarão as missões dos pilotos mais sobrevivíveis e letais contra adversários atuais e futuros”, disse Hank Tucker, vice-presidente de Sistemas de Missões da Lockheed Martin. “Estamos comprometidos em dar suporte à Força Aérea por meio da inovação contínua de capacidades para deter e derrotar ameaças em evolução.”

O gigante caça-bombardeiro da Chengdu seria invisível aos radares (Redes sociais)

O trabalho incluirá também a integração do sistema com outras plataformas. A Lockheed, no entanto, não revelou quantos dos cerca de 178 caças que estão ativos receberão os sensores.

Sensores abandonados em meio a cortes de custos

Concebido nos anos 90, o F-22 Raptor foi o primeiro caça de 5ª geração operacional do mundo, mas alguns avanços tecnológicos foram suprimidos durante o desenvolvimento por motivo de custos.

O sensor infravermelho é capaz de detectar e rastrear aeronaves em longa distância, sobretudo furtivas, que passaram a entrar em serviço na Rússia e China.

Caças F-22 Raptor sediados no Alasca (USAF)

Resta entender como a Lockheed fará para instalar os sensores dentro da aeronave para manter sua capacidade de não ser rastreada por radares.

A atualização do F-22 ocorre em meio a uma revisão da Força Aérea em relação ao programa NGAD, que daria origem ao substituto do caça por uma aeronave de 6ª geração.

Durante a presidência do democrata Joe Biden, a USAF optou por avaliar se os requerimentos ainda eram viáveis em virtude dos avanços atingidos em combates aéreos, sobretudo com o emprego de drones.

 

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