A Saab, Embraer e a Força Aérea Brasileira (FAB) realizaram novos testes com o caça Gripen no Brasil com o objetivo de testar o Sensor de Busca e Rastreio Infravermelho (IRST).
Para esse propósito, foi feito um simulado de combate aéreo com dois caças Gripen E e um F-5 Tiger II, revelou a empresa sueca.
Um dos Gripen é a aeronave de matrícula FAB 4100, que chegou ao Brasil em 2019 e é usada para testes a partir das instalações da Embraer em Gavião Peixoto.
Os outros dois jatos supersônicos foram disponibilizado pela FAB na Base Aérea de Anápolis, onde está o esquadrão que opera o F-39E Gripen, como é designada a aeronave.
Segundo a Saab, a missão foi localizar as outras duas aeronaves utilizando o IRST, o que foi tentado em três voos que duraram entre 1h e 1h30.
Sensor passivo
“O objetivo dos testes foi garantir que o sistema é capaz de localizar as ameaças dentro das especificações previstas e fazem parte da campanha global de ensaios do Gripen E para todas as aeronaves do modelo, não só as da FAB”, disse Martin Leijonhufvud, chefe do Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC) no Brasil.
“Fizemos um bom voo, com a colaboração dos demais caças, para testar o IRST e também verificar a resolução da imagem obtida, que é muito importante para que o piloto entenda se há um ou mais alvos e seja capaz de planejar suas ações”, comentou o piloto sueco Jonas Jakobsson.
O IRST é um sensor capaz de detectar e identificar alvos a longas distâncias por meio do calor emitido.
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Diferentemente de radares, que precisam emitir ondas para detectar alvos, o sistema funciona como um sensor passivo que identifica objetos de interesse de tipos e em ambientes variados, seja elas aeronaves em voo, embarcações no mar ou viaturas em terra.
A Força Aérea Brasileira tem um pedido firme de 36 caças Gripen E/F e pretende receber mais um lote no futuro. Até o momento, a Saab entregou sete jatos operacionais à FAB.