A Airbus prepara mais uma investida nos Estados Unidos, o território da Boeing. Na semana passada, em teleconferência sobre os resultados da companhia, Guillaume Faury, CEO do grupo aeroespacial europeu, revelou que a empresa planeja erguer uma segunda linha de montagem final do A320 em Mobile, no estado do Alabama.
Respondendo ao site Flight Global, a Airbus informou que a unidade de produção adicional em Mobile, onde já são fabricados os modelos A220 e A320neo, ocupará um espaço de 32.516 m² e empregará em torno de 1.000 funcionários. “Esperamos iniciar a produção na nova linha de montagem final no segundo trimestre de 2025”, acrescentou a fabricante.
O grupo europeu também antecipou que pretende construir, até o final de 2023, uma nova instalação de pintura de aeronaves em Mobile e modificar os hangares existentes na instalação para o que a empresa chama de “configuração de compartimento duplo”.
Em declarações recentes, o CEO da Airbus afirmou que a fabricante traçou um plano para aumentar a taxa de produção da família A320neo para 65 jatos por mês até o segundo semestre de 2025 e para 75 aeronaves mensais em 2025. Nos primeiros três meses de 2022, a fabricante entregou uma média de 37 modelos da série A320, que atualmente é produzido na Alemanha, França, China e nos EUA.
Além da fábrica em Mobile, a atuação da Airbus nos EUA compreende ainda centros de engenharia no Kansas e Alabama; unidades de treinamento na Flórida e no Colorado, um departamento de suporte de materiais em Virginia, uma startup na Califórnia; uma divisão de análise de dados de drones (Airbus Aerial) na Georgia; fábricas de helicópteros no Texas e no Mississippi, e uma linha de montagem de satélites (OneWeb) também na Flórida.
Somente os ingênuos para acreditar nisso. A Airbus foi, é e sempre será uma empresa francesa, quer dizer, europeia. Essa hipocrisia de desfilar com uma bandeira norte-americana é tão somente com o intuito de ganhar a simpatia dos congressistas e abocanhar uma gorda fatia do orçamento militar.