A Força Aérea Brasileira (FAB) vai inaugurar em dezembro o “Memorial de Motores” no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP), na parte militar do Aeroporto Campo de Marte. O acervo, com mais de 15 motores, compreende desde peças da década 1940 até modelos de alto desempenho com pós-combustor, como o motor a jato do caça F-5.
“Aqui, as pessoas vão encontrar motores do Albatroz, do Avro e do Gloster, o primeiro caça a jato da FAB”, exemplifica o Tenente Leonardo Spínola, chefe do banco de provas da subdivisão de motores do PAMA-SP, envolvido no projeto que começou no início deste ano.
Motores raros
Como antecipou a FAB, a coleção terá artigos raros, como o motores radiais usados no antigo avião anfíbio Albatroz, da década de 1940, e no P-16 Tracker, o primeira aeronave naval da Aeronáutica, além de um turbo-hélice utilizado no célebre Avro 748, que serviu como transporte presidencial brasileiro entre as décadas de 1950 e 1960.
A iniciativa faz parte de uma parceria da força aérea com instituições que possuem cursos ligados à atividade aérea. Segundo a FAB, cerca de 50 estudantes, como universitários de faculdades de engenharia aeronáutica, visitam o PAMA-SP todos os meses.
“Os militares mais novos já chegam trabalhando em novos projetos. É importante mostrar a história, os enfrentamentos técnicos que ocorreram. Queremos que eles conheçam e se orgulhem desse passado”, expressou Suboficial Antônio Dionizio, com 32 anos de carreira na FAB.
As informações sobre o acervo foram reunidas pelo historiador Sérgio de Moraes, que trabalha no projeto como voluntário. De acordo com a FAB, os dados de Moraes contam a evolução tecnológica dos motores e seus respectivos aviões, além de técnicas de conserto, manutenção e funcionamento desses componentes ao longo dos anos.
O memorial estará aberto para visitação de segunda à sexta-feira, em horário comercial.
Oficina de aviões militares
O parque no Campo de Marte foi criado em 1931, quando o local recebeu o primeiro hangar de manutenção de motores, a “Oficina Wright”. No ano seguinte, a mesma base também recebeu a inauguração da primeira escola de aviação da “Força Pública de São Paulo”, equivalente hoje a polícia militar paulista. Na década de 1950, a instalação passou a fazer parte do Ministério da Aeronáutica. Uma das principais tarefas do PAMA-SP atualmente é a manutenção de caças F-5.
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O motor acima não é do F5.
A primeira foto é um turboshaft GE T700 e a foto é do motor exposto no Paris Airshow. Sugiro correção por parte da equipe do Airway.
Tomara que logo, logo esse espaço receba os avioes que eram do museu da Tam!
O PAMA-SP está em processo de desativação. A FAB deveria concentrar todo seu acervo histórico no MUSAL. E mesmo assim o MUSAL padece da histórica falta de verbas. Quanto ao Museu da TAM, até o momento não existe minima possibilidade de abertura. Aliás, os chilenos da LAN que compraram a TAM estão se “lixando” para o nosso museu. Eles já tem o deles em Santiago. E na atual crise, falar em investimentos em museus, cultura etc e tal é piada. Nem quando o Brasil ia relativamente bem o governo tinha interesse.