CENIPA lança aplicativo para registro de “birdstrike”

Entre janeiro e agosto deste ano foram registrados 850 colisões de pássaros com aeronaves
Recentemente um Boeing da Gol acertou um pássaro enquanto pousava no Rio de Janeiro (Divulgação)
Jato da Gol vítima de um “bird strike” em 2015 (Divulgação)
Recentemente um Boeing da Gol acertou um pássaro enquanto pousava no Rio de Janeiro (Divulgação)
Recentemente um Boeing da Gol acertou um pássaro enquanto pousava no Rio de Janeiro (Divulgação)

Nos últimos dois anos as colisões de pássaros com aeronaves alcançaram um “patamar preocupante”, alerta a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR). Entre janeiro e agosto deste ano, foram reportados 850 casos no Brasil, segundo dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Para melhorar o controle desse incidentes, o Cenipa lançou um canal aberto para o registro de colisões ou avistamentos de pássaros voando próximos das aeronaves. Com essa notificações, o órgão pode estudar formas de migrar essas espécies para regiões sem tráfego aéreo. A ocorrência pode ser descrita pelo site da associação ou por meio de uma nova extensão do aplicativo “Cenipa” para smartphones Android e Apple.

Conhecido como “birdstrike”, no jargão do setor aéreo, o impacto de um pássaro com uma aeronave pode ser mais ou menos severo, de acordo com o peso da ave e a velocidade do avião no momento do choque. Ele oferece risco, pois pode danificar a estrutura da aeronave, ocasionando amassamentos ou rachaduras na fuselagem, hélices ou para-brisas e até a quebra de importantes instrumentos, como o radar, que fica no nariz do avião.

No oito primeiros meses de 2015, o Cenipa recebeu 2.578 notificações de perigo aviário, relatadas por controladores de voo e também tripulações e mecânicas de companhias aéreas, entre avistamentos, quase colisões e colisões. Em 2014, foram 4.172 relatos.

“Além do risco para a operação e dos impactos financeiros por necessidade de manutenção das aeronaves, a presença de pássaros nas intermediações dos aeroportos pode causar inconvenientes como fechamento de pista, cancelamento e atrasos de voos e necessidade de mudança de procedimentos e até realocação de passageiros em outros voos”, afirma Ronaldo Jenkins, diretor de Segurança e Operações de Voo da ABEAR.

Segundo o diretor, como pássaros normalmente voam em altitudes baixas, é mais comum que os choques ocorram durante os procedimentos de aproximação para decolagem ou pouso da aeronave.

As companhias aéreas são as mais prejudicadas pelas colisões, com a maioria dos incidentes. Para minimizar as ocorrências, investem em campanhas e treinamentos com pilotos, copilotos e mecânicos para identificação e notificação aos órgãos responsáveis sobre eventuais impactos.

Veja mais: Avião da FAB colide com pássaro no RJ

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