A Boeing se vê às voltas com um novo e inusitado problema de produção do 737 MAX. Conforme revelado recentemente, aeronaves do modelo MAX 8 tiveram os furos de fixação de anteparos de pressão traseira realizados de forma incorreta.
O processo automatizado provocou furos desalinhados ou muito longos e por conta disso cerca de 165 aeronaves terão de ser inspecionadas e receber reparos antes de serem entregues aos clientes.
Parte das fuselagens ainda se encontra com a Spirit AeroSystems, que é a principal fornecedora de estruturas do 737, enquanto outras aeronaves já montadas e armazenadas serão verificadas pela Boeing.
Meta de 400 aviões entregues
Por conta do novo problema, a Boeing admitiu que a meta de entregar 450 aeronaves do modelo em 2023 ficou inviável. O mais provável é atingir o piso da meta, de 400 jatos 737, revelou Brian West, CFO da Boeing, em conferência com os investidores na quinta-feira.
Até agosto, a fabricante dos EUA havia entregue 265 aeronaves da família MAX, com 111 jatos enviados no 1º trimestre e 100 no 2º trimestre. No 3º trimestre, no entanto, apenas 54 aeronaves haviam sido entregues em dois meses.
Também presente na mesma conferência, o CEO da Spirit, Tom Gentile afirmou que as inspeções são feitas por Raio X e que os reparos devem ser concluídos até novembro.
A Boeing garantiu que o problema não afeta a segurança do 737 MAX.