O grupo Changi decidiu devolver a concessão do Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão. Com o movimento, o governo federal anunciou uma nova licitação conjunta de Galeão e Santos Dumont para 2023.
A empresa de Cingapura que controla a concessionária RIOGaleão protocolou na quinta-feira (10) o pedido de devolução voluntária do Tom Jobim para à União, conforme é previsto na legislação. Segundo o Ministério da Infraestrutura, a solicitação ainda será avaliada.
No entanto, o próprio governo comunicou a abertura de nova licitação, indicando possibilidades remotas de isso não acontecer. Desde 2013, a RIOGaleão detém 51% dos ativos do aeroporto, enquanto 49% são de posse da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária).
Com a decisão do governo de uma nova licitação conjunta, o Santos Dumont será retirado da sétima rodada de concessões aeroportuárias, prevista para ocorrer até junho de 2022.
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No Twitter, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), afirmou que a devolução é “uma enorme oportunidade para fazer a relicitação alinhada com a concessão do Santos Dumont”. Castro disse que o objetivo será “trabalhar para valorizar os dois aeroportos”.
A RIOGaleão seguirá administrando a operação do aeroporto até que uma nova empresa seja designada para a função.
Changi ressalta crises no Brasil
Em seu comunicado informando a devolução do aeroporto, a Changi ressaltou as dificuldades enfrentadas durante a sua administração. “O Brasil sofreu uma profunda recessão econômica de 2014 ao início de 2016, quando o PIB encolheu aproximadamente 3,5% a.a em dois anos consecutivo”, disse a empresa.
Entre as dificuldades, a RIOGaleão também apontou uma queda de 90% no número de voos no Brasil durante a pandemia.
“Em 2020 e 2021, o governo federal atuou de forma diligente no apoio ao setor de aviação civil. A recuperação, no entanto, foi lenta e o Covid-19 continuará afetando a indústria da aviação nos próximos anos”, afirmou a Changi.
A empresa também procurou relembrar melhorias realizadas no aeroporto, como novos lounges e a introdução das primeiras lojas duty-free “walking trhu” do Brasil.
só para lembrar, tds os bancos estrangeiros saíram do Brasil