A Boeing reteve parte das informações e documentos solicitados pelo NTSB, o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes, sobre a investigação a respeito do 737 MAX 9 da Alaska Airlines que perdeu um tampão de porta em voo em 5 de janeiro.
Segundo a presidente do órgão, Jennifer Hommendy, que participou de uma audiência no Senado dos EUA na quarta-feira, a fabricante não revelou os nomes de 25 pessoas que trabalharam na montagem dos tampões de porta na fábrica de Renton, em Washington.
A empresa também não repassou a documentação sobre o processo de abertura e fechamento do tampão e os ferrolhos que o travam. A suspeita é que eles não tenham sido instalados no jato N704AL.
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“É um absurdo que dois meses depois não o tenhamos”, disse Homendy durante a audiência. “Ou não obtivemos uma resposta ou eles estão dizendo que estão tentando fornecê-la, mas não conseguem encontrá-la”.
A acusação de falta de cooperação ocorre em meio à declarações sistemáticas do CEO da Boeing, Dave Calhoun, de que a empresa está colaborando com a investigações e buscando ela mesma sanar os problemas de qualidade encontrados.
Em nota divulgada no final da quarta-feira, a Boeing afirmou ter repassado os nomes dos funcionários solicitados pelo NTSB. A empresa negou que tenha retido informações e que está colaborando desde o início das investigações.
No início da investigação, fornecemos ao NTSB nomes de funcionários da Boeing, incluindo especialistas em portas, que acreditávamos que teriam informações relevantes. Fornecemos agora a lista completa de indivíduos da equipe da porta 737, em resposta a uma solicitação recente. Com relação à documentação, se a remoção do tampão da porta não fosse documentada, não haveria documentação para compartilhar. Continuaremos a cooperar de forma plena e transparente com a investigação do NTSB”, disse a empresa.