Principal fabricante de aeronaves de caça da China, a Shenyang Aircraft Corporation apertou o passo no projeto de um novo jato de combate de quinta geração para uso em porta-aviões.
Em comunicado divulgado na semana passada na rede social chinesa WeChat, a Shenyang informou que planeja “fazer avanços tecnológicos para garantir o desenvolvimento bem-sucedido de um novo jato de combate stealth de quarta geração e conduzir testes de produção e pesquisa em 2021”.
A declaração veio acompanhada de uma fotografia mostrando o FC-31 “Gyrfalcon”, o único caça de quinta geração (ou quarta geração, na classificação chinesa) desenvolvido pela empresa. O comunicado, no entanto, não faz nenhuma menção direta a aeronave.
Em 2019, o FC-31 foi rejeitado pela força aérea chinesa, que preferiu seu competidor, o Chengdu J-20 “Mighty Dragon”. Desde então, cogita-se a conversão de ambos para o uso marítimo, onde o avião da Shenyang, mais leve e menor que o J-20, pode ser mais adequado.
Com três porta-aviões na fila de construção, a Marinha da China vai precisar de mais caças navais no futuro. Atualmente, o único jato de combate chinês direcionado ao uso embarcado é o Shenyang J-15 “Flying Shark”, desenvolvido a partir do Sukhoi Su-33 russo.
Para suportar as exigências das operações em porta-aviões, o FC-31 provavelmente precisaria de reforços estruturais e no trem de pouso, além de revestimentos especiais para evitar a corrosão acelerada de um ambiente salino. Até o momento, nenhum protótipo do caça foi visto com essas especificações.
A última aparição do Gyrfalcon remonta a setembro de 2020, quando fotos de um protótipo atualizado surgiram nas mídias sociais chinesas, sugerindo que Shenyang ainda estava trabalhando ativamente em sua aeronave, a despeito da força aérea chinesa ter escolhido o J-20.
De acordo com o Global Times, jornal controlado pelo governo chinês, o caça de nova geração deve ser introduzido em 2035. A publicação, porém, não específica para qual é a aeronave.