Uma nova fabricante de aviões foi criada nesta segunda-feira (22) na China, com o anúncio da parceria entre a COMAC, maior fabricantes de aeronaves comerciais chinesa, e o grupo UAC, da Rússia. A empresa recebeu o nome CRAIC – China-Russia Commercial Aircraft Corporation – e vai desenvolver um jato comercial de fuselagem larga (widebody).
O objetivo do novo grupo é desenvolver uma aeronave com capacidade para transportar 280 passageiros e capaz de realizar voos de até 12.000 km. Atualmente, o mercado desse tipo de aeronaves é dominado pela Airbus e a Boeing, com modelos tradicionais como o A330 e o 767.
A CRAIC ficará sediada em Xangai, na China, onde será realizado todo o desenvolvimento do programa e fabricação da aeronave, que ainda não tem nome definido. O primeiro presidente do novo grupo será o russo Vladislav Masolov, executivo da UAC, enquanto o gerente geral será o chinês Guo Bozhi, da COMAC.
“A CRAIC realizará licitações globais e dará prioridade aos fornecedores mais experientes, capazes de oferecer produtos competitivos e dispostos a compartilhar o risco durante o desenvolvimento”, diz o comunicado da nova marca sino-russa. O grupo também anunciou que vai priorizar fornecedores que considerarem a fabricação de componentes na China, com investimento local ou por meio de parcerias.
As duas partes planejam investir até US$ 20 bilhões no projeto. O grupo, no entanto, ainda não divulgou datas sobre quando pretende apresentar a aeronave ou quando a mesma poderá entrar em operação comercial.
China e Rússia avançam na aviação comercial
Maio vem sendo bastante agitado para os setores aeronáuticos na China e Rússia. No início deste mês, a COMAC completou o primeiro voo do C919, aeronave proposta para concorrer com os tradicionais Airbus A320 e Boeing 737, os aviões comerciais mais vendidos do mundo.
Seguindo o mesmo caminho no segmento dos jatos de corredor estreito (narrowbody), a UAC, por meio da divisão Irkut, iniciou os primeiros testes de solo com o MC-21. O primeiro voo do aparelho deve acontecer no segundo semestre deste ano.
O modelo chinês, que já soma mais de 500 unidades encomendadas, está programado para chegar ao mercado em meados de 2020, mesmo ano previsto para o novo jato russo.
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uma boa parceria, muito parecidas com as de empresas americanas, lockehet boing ,airbus ,isso criara uma estrutura ja bem consolidada que ja existe na russia, de fornecedores,fabricantes e pequenos mais bem expecializados centros que costimam ter mais dificuldades de competir, trabalhando em conjunto e com um, grande mercado,agora a china tambem tera essa capacidade em conjunto com a russia