A China afirma ter iniciado a produção de seu primeiro caça de quinta geração, o Chengdu J-20 “Jù Lóng” (“Poderoso Dragão”, em chinês). O que respalda a tese são imagens da aeronave na cidade em Sichuan, nas instalações da Chengdu Aerospace Corporation (CAC), publicadas no final de dezembro pela agência Xinhua, o meio oficial de comunicação do governo chinês.
Segundo a publicação, um novo exemplar do caça, ainda com pintura base, foi apresentado pela CAC e identificado com o número de série “2101”, se afastando do padrão adotado para os oito protótipos de voo já produzidos, que receberam a designação “20XX” (2001, 2002, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016 e 2017).
O fato deste último exemplar (2101) não ter recebido o número de série imediatamente sequencial em relação às unidade já produzidas anteriormente tem sido visto como um forte indício de que está seja a primeira unidade da aeronave no âmbito LRIP (Low-Rate Initial Production), fase inicial de um projeto aeronáutico que antecede a produção em massa.
As aeronaves produzidas durante o LRIP serão destinadas à Força Aérea da China, que realizará uma série de testes para comprovar o desempenho do novo caça.
Performance secreta
Informações sobre o desempenho do J-20 ainda são escassas, mas o governo chinês já decidiu que a aeronave não será exportada. O objetivo da China é evitar que a tecnologia do caça de quinta geração caia nas mãos de nações que podem se tornar hostis. O congresso dos Estados Unidos também fez o mesmo no ano 2000, quando proibiu a exportação do moderno caça stealth (furtivo) F-22 Raptor.
A decisão dos chineses, porém, é vista com ironia no mercado internacional. Existem fortes indícios de que parte da tecnologia presente no J-20 é proveniente do programa F-35 dos EUA, obtida ilegalmente, através de hackers e espionagem.
O design do novo caça chinês, no estilo “diamante”, aliado a materiais especiais, torna-o “invisível” aos radares, como já indicou anteriormente a fabricante. A eficiência do projeto, porém, ainda não foi comprovada oficialmente. Para manter a invisibilidade, o J-20 vai carregar seus armamentos em porões internos, tal como o norte-americanos F-22 e o F-35.
O maior empecilho no projeto do caça chinês neste momento diz respeito a motorização. Ainda não foi encontrado um motor adequado que permita o voo supersônico sem a necessidade dos pós-combustores (supercruise), atualmente uma das características mais exigidas em aeronaves de combate de última geração – o Gripen NG, o futuro caça da Força Aérea Brasileira (FAB), terá essa capacidade.
Os primeiro protótipos do J-20 estão voando com motores russos (AL-31F) e nacional (WS-10G), mas ambos ainda não oferecem o desempenho pretendido. O projeto prevê o desenvolvimento de um turbofan nacional de alta desempenho, o WS-15, que será uma versão superotimizada do AL-31F, motor desenvolvido há mais de 30 anos na antiga União Soviética.
O governo chinês já adiantou que o J-20 deve entrar em operação a partir de 2018. Entretanto, especialistas internacionais têm afirmado que não ficariam surpresos se isso ocorrer antes.
*Colaborou Anderson LaMarca (Cavok)
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esse j-20 tá muito mais para uma imitação do Sukkoi FA-50, do que de um F-35… Aliás, de um F-35, ele passa longe!!!