Aeronave que por muitos anos formou a espinha dorsal da frota de caças da Força Aérea do Exército Popular de Libertação da China, o Chengdu J-7 sairá de cena no país neste ano, de acordo com o canal de televisão estatal China Central Television (CCTV). O antigo avião de combate é a uma versão do caça russo MiG-21 que foi produzido sob licença no país.
O processo de desativação do J-7 na China foi iniciado em 2018, mas ainda não se sabia quando o modelo seria desativado em definitivo no país. A quantidade de aeronaves do tipo ainda em serviço na força aérea chinesa é desconhecida. Segundo a CCTV, os aparelhos remanescentes poderão ser convertidos em drones para desempenhar novas funções.
O primeiro voo do J-7 aconteceu em 17 de janeiro de 1966, 10 anos depois do voo inaugural do MiG-21, que decolou em 15 de fevereiro de 1956. O modelo soviético, desenvolvido pela Mikoyan-Gurevich, foi produzido em série de 1959 até 1981, tempo em que somou 10.655 unidades. A versão chinesa, fabricada entre 1965 e 2013, teve mais de 2.400 exemplares entregues.
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Além de voar com as forças armadas da China, o J-7 também foi exportado para mais de uma dezena de países, sendo Iraque, Irã, Coreia do Norte e Paquistão alguns dos mais destacados. Na década de 1980, o Brasil também cogitou comprar o caça chinês, mas o plano não foi adiante.
Para os chineses, substituir o J-7 é uma tarefa relativamente fácil. O país tem hoje uma indústria aeronáutica militar consolidada e dispõe de produtos avançados, como os caças de quarta geração J-10 e J-16. Outro expoente é o Chengdu J-20, o primeiro jato chinês com atributos de quinta geração.
Simples, mas eficaz
O MiG-21, um caça monomotor de segunda geração (como os F-5 da Força Aérea Brasileira) foi uma evolução dos primeiros jatos de combate produzidos na URSS, como o MiG-15 e o MiG-19. Foi o primeiro avião soviético capaz de voar a Mach 2, duas vezes a velocidade do sim (cerca de 2.175 km/h). Era uma aeronave de manutenção simples e preço acessível. Devido a essas qualidades, a aeronave foi adquirida por mais de 60 forças aéreas no mundo todo.
A fama em combate do MiG-21 surgiu durante a Guerra do Vietnã, com modelos então operados pelo Vietnã do Norte. O principal rival do caça soviético nesse tempo foi o norte-americano McDonnell Douglas F-4 Phantom II, que tinha larga desvantagem em capacidade de manobra, embora fosse equipado com sensores e armamentos mais avançados.
A aeronave ainda esteve presente em diversos conflitos na África, Ásia e Oriente Médio. O Iraque, por exemplo, teve uma série de aparelhos abatidos pela Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) durante a Guerra do Golfo, na década de 1990. Atualmente, o MiG-21 e o J-7 ainda são importantes instrumentos de defesa em países como Cuba e Coreia do Norte.
O MiG-21 (ou o J-7) pode ser aplicado como caça ou avião de ataque ao solo. Para tal, possui um canhão de 23 mm e conta com quatro cabides de armamentos sob as asas, que podem levar mísseis (guiados por calor e radar), bombas e foguetes. Ao longo desses quase 60 anos de operação, a aeronave passou por uma série de programas de modernização. As versões mais recentes são classificados como caças de terceira geração, desenvolvidos a partir de década de 1970.
Considerado um dos principais símbolos soviéticos durante a Guerra Fria, o MiG-21 foi o caça a jato mais produzido de todos os tempos e o avião militar mais fabricado após a Segunda Guerra Mundial.
To vendo a Argentina comprando uns caças usados da China….