China proíbe companhias aéreas do país de receber jatos da Boeing

Determinação é resposta a imposição de tarifas de 145% a produtos chineses pela administração Trump, segundo reportagem
Instalação foi criada em parceria com a COMAC (Boeing)

As companhias aéreas chinesas foram proibidas de receber novas aeronaves da Boeing pelo governo de Xi Jiping, afirmaram fontes da Bloomberg.

A determinação é uma resposta à imposição de tarifas de 145% pelo governo dos Estados Unidos aos produtos chineses, em meio a guerra comercial iniciada pelo Presidente Donald Trump.

As transportadoras da China também deverão suspender compras de componentes das aeronaves da Boeing. O governo, no entanto, ainda não teria chegado a uma solução alternativa para o aumento dos custos na manutenção desses jatos.

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A guerra comercial tem escalado com a China retaliando os Estados Unidos com a imposição de 125% de tarifas sobre produtos importados do país.

Boeing 777F da China Southern Airlines (Tomás Del Coro)

As três principais empresas aéreas chinesas, Air China, China Southern e China Eastern Airlines, são controladas pelo governo e possuem grandes pedidos de aeronaves da Boeing.

Somadas, elas têm 179 jatos comerciais previstos para serem entregues até 2027.

A Boeing, por outro lado, não tem conseguido fechar novos acordos com empresas aéreas chinesas há vários anos, em meio à crise de segurança que atingiu a fabricante após os dois acidentes fatais com o 737 MAX.

O primeiro A321neo finalizado na China (Airbus)

Cadeia de suprimentos espalhada pelo mundo

Trump pretende reindustrializar os Estados Unidos por meio de ações que forcem as empresas a abrirem fábricas no país.

A indústria aeroespacial, entretanto, é altamente globalizada e a cadeia de suprimentos, espalhada por muitos países, incluindo a China.

Os primeiros C919 da Air China e China Southern Airlines (COMAC)

Confrontada com uma tarifa de 20% para membros da União Europeia, a Airbus afirmou que pode redirecionar as entregas de suas aeronaves para outros mercados que não os Estados Unidos.

A fabricante europeia tem uma enorme carteira de pedidos pendentes com mais de 8.700 jatos comerciais e pode se beneficiar de acordos com os chineses, cuja fábrica estatal COMAC ainda não tem escala suficiente para suprir o mercado interno

 

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