China vai lançar laboratório espacial no segundo semestre

Módulo “Tiangong 2” poderá manter dois astronautas no espaço por cerca de 30 dias
Projeção artística do Tiangong 1, o laboratório espacial chinês que está em órbita desde 2011 (ApolloSaturn)
Projeção artística do Tiangong 1, o laboratório espacial chinês que está em órbita desde 2011 (ApolloSaturn)
Projeção artística do Tiangong 1, o laboratório espacial chinês que está em órbita desde 2011 (ApolloSaturn)
Projeção artística do Tiangong 1, o laboratório espacial chinês que está em órbita desde 2011 (ApolloSaturn)

A China está se preparando para colocar em órbita uma “mini” estação espacial. Segundo a agência CRI, o programa espacial chinês confirmou o lançamento do módulo “Tiangong 2” (“Palácio Celestial”, em chinês) para o segundo semestre deste ano. Logo em seguida serão enviado dois “taikonautas”, como são chamados os astronautas chineses.

O equipamento é um laboratório espacial, que pode funcionar com ou sem tripulantes. A viagem dos primeiros astronautas está programada para sete de março de 2017 e será realizada com a nave de carga “Tianzhou 1”.

Segundo declaração de Zhu Zongpeng, chefe de engenharia do Tiangong 2, a primeira missão tripulada deve durar 30 dias. “Uma estadia de 30 dias no espaço é um limiar de médio alcance mundialmente reconhecido. Por isso, a Tiaongong 2 deve ser capaz de oferecer mais espaço para suprimentos. Em segundo lugar, o laboratório vai oferecer um ambiente mais confortável para os astronautas”, contou Zhu à agência chinesa.

Esse será o segundo laboratório chinês em órbita. O país também mantém a Tiangong 1, que está no espaço desde setembro de 2011 e já recebeu quatro astronautas.

O novo laboratório espacial chinês será um grande cilindro metálico de 20 toneladas com 14 metros de comprimento e 4,5 m de diâmetro. Também é bem maior que o primeiro: o Tiangong 1 pesa 8,5 toneladas e tem 10 m de uma ponta a outra e apenas 3,5 de diâmetro. Apesar das diferenças nas dimensões, os dois módulos foram desenvolvidos para receber até três astronautas ao mesmo tempo.

Na projeção, o módulo "Shenzhou 9" se aproxima da estação Tiangong 1 (ApolloSaturn)
Na projeção, o módulo “Shenzhou 9” se aproxima da estação Tiangong 1 (ApolloSaturn)

Os testes com o módulos Tiangong são uma preparação para a construção da estação espacial chinesa, com início previsto para meados de 2020. Nesse mesmo ano, por outro lado, está programada a desativação da Estação Espacial Internacional.

 

O rover Yutu ainda envia sinais da Lua (Xinhua)
O rover Yutu ainda envia sinais da Lua (Xinhua)

Exploração lunar

Os chineses também estão trabalhando para colocar os pés na Lua, pois rodas eles já colocaram. Desde dezembro de 2013, o “rover” Yutu está na superfície lunar e já excedeu em 14 meses sua vida-útil prevista, apesar de estar imóvel. Os equipamentos de observação e sobrevivência, porém, continuam funcionando, segundo últimos relatos da agência espacial chinesa.

Em 2017, os chineses pretendem ir ao corpo celeste e retornar com amostras da superfície, mas com uma nave automática. Uma missão de teste, a “Chang’e 5-T-1”, foi realizada em outubro de 2014, em torno da órbita lunar.

A China também tem planos de enviar astronautas à Lua, possivelmente na próxima década.

A última visita do homem à Lua foi em 1972, com a missão Apollo 17.

Veja mais: China quer explorar o lado escuro da Lua

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